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Na hora de abastecer, os motoristas muitas vezes olham com desconfiança para aquele posto que não é “de marca”, chamado de bandeira branca. Acabam desembolsando quase R$ 1 a mais por litro de gasolina para encher o tanque do veículo em postos tradicionais. Vale a pena pagar mais caro?

Especialistas e consumidores consultados pelo DIA explicam que muitas vezes o cliente desconhece que a gasolina é quase igual em todos os postos, o que difere é a forma de armazenamento.

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) feito em novembro de 2018 aponta que o percentual de conformidade do combustível em postos de bandeira branca chega a 96,7% e 98,6% em bandeirados. Ou seja, a qualidade é equivalente nos dois.

“Gasolina comum é igual na maioria dos postos. O combustível tem que seguir as especificações da ANP para ser comercializado. Caso não siga, o posto pode ser até interditado pela agência”, informa Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Em alguns casos, acrescenta o especialista, o que difere é o aditivo utilizado. E enquanto mitos são construídos sobre o combustível dos postos sem marca, o consumidor desavisado vai gastando mais para encher o tanque.

Para se ter uma ideia, segundo levantamento da ANP, o litro da gasolina em um posto de bandeira branca no Irajá custa R$ 4,399, já em um posto de bandeira em Botafogo sai a R$ 5,099. E esses R$ 0,70 pingados no bolso fazem uma boa diferença na hora de pagar a conta: para encher um tanque de 48 litros, por exemplo, no posto de marca pagará R$ 244,75. Se optar pelo de bandeira branca gastará R$ 211,15. No fim, o resultado é uma economia de R$ 33,59.

De acordo com Adriano Pires, a diferença de preços pode ser justificada por conta do custo de logística. “Um posto de bandeira branca, ou seja, que não tem acordo de fidelidade com uma distribuidora, como a Shell, por exemplo, pode escolher onde comprar o combustível mais barato e a um frete menor”, conta. “O que não quer dizer que ele (o combustível) não seja de boa procedência”, acrescenta Pires.

“Combustível adulterado pode ser encontrado em qualquer posto, de qualquer marca, porque a qualidade do combustível depende muito mais da honestidade do dono do posto, do que da refinaria ou da distribuidora”, explica um executivo do setor.

“Os postos de bandeira branca têm liberdade para adquirir combustível de qualquer uma das 154 distribuidoras existentes no país. Desde 2002 os valores das atividades de refino, distribuição e revenda são livres”, diz Adriano Pires. E é justamente essa liberdade de escolha que permite a esses postos oferecerem ao consumidor um preço mais em conta.

Em Caxias, um posto independente vende o litro da gasolina a R$ 4,699, já em três postos tradicionais esse mesmo combustível sai a R$ 4,75, R$ 4,79 e R$ 4,89. Quem quiser economizar pode consultar preços e postos no site www.anp.gov.br/precos.

Mitos afastam consumidor do posto independente – Um fato destacado por especialistas do setor é que o posto de bandeira branca não ser vinculado a uma companhia não o isenta de estar em conformidade com a lei. Especialistas garantem que esses postos independentes são tão fiscalizados quanto os de bandeira. Assim como os demais, são obrigados a indicar na bomba o nome e a razão social, bem como o CNPJ da distribuidora que entregou o combustível.

Então por que o medo? De acordo com a ANP, caso o consumidor desconfie do posto, ele pode (e deve) pedir um teste de qualidade do combustível. Apesar da medida, a maioria dos motoristas ainda lida com desconfiança na hora de encher o tanque. “Nunca tive experiência negativa, mas tem sempre um caso de adulteração sendo falado por aí. Me preocupo com a qualidade do que estou comprando”, diz o analista de seguros, Daniel Vasconcelos.

O mesmo acontece com o dentista Gilberto Felipe Vieira. “Prefiro os postos de bandeira. Eu não sabia que os postos sem bandeira têm a mesma qualidade”, diz.Acostumado com postos de bandeira, o motociclista Eduardo Godilho, também é um dos que prezam pela confiabilidade. “Não dá pra confiar em qualquer posto. tem que pesquisar”, afirma.

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A própria ANP orienta o consumidor como proceder na hora de abastecer e, caso encontre alguma irregularidade, denunciar. “O posto deve informar claramente de onde vem seus produtos. Os postos de bandeira branca (sem distribuidora exclusiva) têm que informar – em cada bomba – qual distribuidora forneceu o combustível“, informa a agência.

Em uma cartilha, a agência explica que nem sempre um combustível fora da especificação (padrão) é resultado de adulteração: “Algumas circunstâncias não propositais, como armazenamento inadequado, podem afetar a composição de um combustível”.

“O consumidor ao abastecer com um combustível adulterado além de não receber pelo que pagou, corre o risco de ver o veículo enguiçar”, explica a agência. O que fazer então? Denunciar. Caso suspeite de irregularidade o consumidor pode informar o ocorrido à agência pela internet (www.anp.gov.br/faleconosco) ou por telefone 0800 970 0267. Para registrar a reclamação a agência orienta a pegar o máximo de informações sobre o posto, como CNPJ, razão social, endereço e distribuidora.

Fonte: odia.ig.com.br/amp/economia

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