Enquanto suas principais concorrentes (BR Distribuidora e Raízen) prometem intensificar a expansão de seus negócios de conveniência, a Ipiranga, distribuidora de combustíveis do Grupo Ultra, se movimenta e lança novas frentes para manter o seu posto de líder de mercado no segmento.

Diretor da am/pm (marca das lojas de conveniência da Ipiranga), Marcello Farrel, conta que está confiante no crescimento do mercado e que o momento do setor é propício para mudanças.

Nesse sentido, uma das principais novidades da companhia será testar, a partir deste ano, o modelo de conveniência fora dos postos de combustíveis.

O ano passado foi um ano muito importante, de arrumação da casa para muitas marcas, inclusive para a nossa. Enxergamos, agora, um futuro extremamente positivo. Vivemos um otimismo com o negócio. Está na hora de fazer um movimento de dar um passo adiante. Temos confiança de que o momento é esse. Confiamos plenamente que 2020 vai ser um grande ano para o Brasil, para o varejo”, afirmou o executivo ao Valor.

A meta da empresa, segundo Farrel, é manter a liderança de mercado e continuar a expandir o negócio. Atualmente, 35% dos postos da Ipiranga têm uma loja am/pm, patamar superior à média nacional de 19%.Mas queremos continuar ampliando [a taxa de penetração”, disse.

A Ipiranga possui cerca de 2,3 mil lojas am/pm, o que lhe garante o posto de terceira maior rede de franquia do Brasil, atrás apenas do O Boticário e McDonald’s, segundo o ranking da Associação Brasileira de Franchising (ABF). É quase o dobro do número de lojas em relação à segunda maior rede de conveniência, a BR Mania.

Concorrência

As concorrentes estão se movimentando. A BR Distribuidora busca, no mercado, uma parceira com expertise em varejo para alavancar o seu negócio. A Raízen Conveniência, por sua vez, fechou em 2019 uma joint venture com a Femsa Comércio e também quer desenvolver o negócio, a exemplo da Ipiranga, fora dos postos.

A ideia da Ipiranga é dar início à expansão das lojas de conveniência para fora dos postos a partir de lojas próprias, num primeiro momento, e só depois franqueá-la. Os testes começam este ano e uma loja já está sendo preparada para ser inaugurada na Avenida Bernardino Campos, na capital paulista.

Vamos testar algumas coisas, ampliar essa rede testando novos locais de loja, sair do ambiente posto de gasolina e ir para outros canais. Na medida em que formato e rentabilidade for sendo atingido, começamos a franquear… Vamos desenvolver o conceito com lojas próprias, num primeiro momento, até termos certeza de que o modelo do negócio está redondo”, afirmou Farrel.

Ao contrário de suas concorrentes, a distribuidora do Grupo Ultra não pretende recorrer a um parceiro estratégico. “Nossa visão é seguir desenvolvendo nosso negócio internamente. Temos gente preparada para isso, capacidade para fazer”, disse.

Aumento da rentabilidade

Segundo Farrel, a Ipiranga quer aumentar a rentabilidade do seu negócio de conveniência. Para isso, a companhia vai começar a implementar uma nova arquitetura e cardápio em sua rede de lojas. Seja nos postos ou fora deles, o executivo explica que a empresa está de olho nas mudanças de hábito de consumo da sociedade e que aposta no conceito de loja de vizinhança

Numa de suas lojas próprias no Rio de Janeiro, ao lado de sua sede, a Ipiranga reformou o estabelecimento. A porta frontal foi substituída por duas — uma de entrada e outra de saída, para estimular os consumidores a transitarem por toda a loja. Mais cadeiras foram instaladas, para que os clientes fiquem mais tempo no estabelecimento. E assim consumam mais.

A companhia lançou também uma nova linha de gelados e nova linha de salgados. A ideia é expandir esse conceito para a rede como um todo e, com isso, aumentar o ticket médio de suas lojas.

O consumidor está cada vez mais sem tempo, em movimento. A mulher encontrou o seu espaço no mercado de trabalho. A cozinha funciona menos dentro dos domicílios. Os próprios domicílios estão cada vez menores, em área. A compra tradicional de mês está deixando de existir e numa velocidade cada vez maior. Essas lojas de vizinhança estão cumprindo um papel importante na medida em que o consumidor passa a fazer compras menores e com maior frequência ao longo do mês”, explica Farrel.

Fonte: Valor Econômico

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