Frentista pode ser considerado cúmplice de crime ambiental, juntamente com o proprietário do posto.

Vem crescendo as vendas de emuladores, dispositivos que tem como único objetivo desativar o sistema que obriga o uso do Agente Redutor Líquido Automotivo

(Arla 32) usado em caminhões, ônibus e outros veículos pesados com motor Euro 5. A promessa é que o emulador desative o componente eletrônico sem que haja perda de potência do motor ou qualquer advertência no painel de instrumentos e no sistema de diagnóstico.

São vendidos de R$ 259 a R$ 435, dependendo do modelo e vêm acompanhados de manual de instrução para a instalação.

A proliferação desses dispositivos no mercado representa uma ameaça aos padrões exigidos pela fase 7 do Programa de Controle da Poluição do ar por veículos automotores (Proconve), que prevê a neutralização dos gases poluentes na atmosfera e que são derivados da combustão do motor. A inutilização dos sistemas OBD (On-board Diagnosis) dos caminhões com motor Euro 5 para burlar a injeção automática de Arla-32 em motores SCR (Sistema de Redução Catalítica Seletiva) contribui para a poluição do ar.

O Arla não é um aditivo. É um produto composto de solução de ureia a 32,5% e água desmineralizada que atua nos catalisadores do sistema de escapamento dos motores, permitindo a redução da emissão de material particulado.

Pelo menos metade do material particulado viria do escapamento de caminhões que rodam com diesel. O diesel com baixo teor de enxofre, no mercado desde o início de 2013, tem como principal desafio reduzir a poluição nas grandes cidades.

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Com a prática ilegal que se dissemina no mercado, a venda de Arla 32 está muito baixa.

A maioria dos caminhoneiros não coloca o Arla. Estão fraudando o mesmo com água ou algum produto.

A Polícia Federal e o Ibama iniciaram ações para fiscalizar os motoristas de caminhões que fraudam o uso de Arla 32. Até o momento foram 3 operações. Em junho, a primeira fiscalização foi em São Paulo. De 250 caminhões, 15% foram autuados. Na segunda, realizada no Mato Grosso, foram encontradas fraudes em 10% dos 150 caminhões que passaram por fiscalização. A mais recente, em Santa Catarina, de 200 caminhões, 10% também foram autuados.

São dois tipos principais de infrações: a mistura de Arla com água e a retirada do fusível, responsável pelo sistema SCR, que inabilita o sistema. Com isso, o caminhão funciona, mas não faz o uso do Arla, poluindo assim o meio ambiente. As emissões de NOx, um dos principais gases poluentes emitidos na combustão, causa prejuízos à saúde humana, deixando a garganta irritada, os olhos vermelhos, entre outros problemas.

O motorista que fraudar o uso de Arla-32 perde cinco pontos na carteira e paga uma multa de R$ 127,00 para a Polícia Rodoviária Federal. Já o Ibama aplica uma multa que varia de R$ 1mil a R$ 50 milhões, dependendo do porte do fraudador. Além disso, tanto o motorista quanto o dono da transportadora respondem por crime ambiental.

Se o frentista do posto presenciar o motorista praticando esta transgressão ele pode denunciar ao Ibama pela linha verde (0800-618080) ou pelo 191 da Polícia Rodoviária Federal.

No caso do motorista pedir para o frentista colocar água no tanque do Arla, ele não deve atender ao pedido, pois pode ser considerado cúmplice de crime ambiental, juntamente com o proprietário do posto.

Fonte: http://www.sindiposto.com.br

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