Nos últimos dias o preço dos combustíveis tem sido motivo de constante debate e insatisfação por parte dos consumidores.

Muitas vezes, o dono do posto de combustível é injustamente responsabilizado por esses valores elevados.

A mídia brasileira muitas vezes tem o hábito de culpar e condenar erroneamente o dono do posto de combustível pelo repasse insuficiente ou tardio da redução dos preços da Petrobras.

Essa abordagem simplista e equivocada ignora a complexidade da cadeia de distribuição e os fatores que influenciam o valor final dos combustíveis.

Ao focar exclusivamente no dono do posto, a mídia contribui para uma visão distorcida da realidade, desconsiderando o papel das distribuidoras e dos próprios controles de precificação da Petrobras. É fundamental que a mídia atue de forma responsável, fornecendo informações precisas e abrangentes, a fim de evitar injustiças e contribuir para um debate mais informado sobre o tema.

No entanto, é importante compreender que o preço dos combustíveis é determinado por uma complexa cadeia de distribuição, na qual o papel do proprietário do posto é apenas uma pequena parte.

O papel do dono do posto de combustível

O dono do posto de combustível é um empresário que atua como um intermediário entre as distribuidoras e os consumidores finais. Ele adquire os combustíveis das distribuidoras, que, por sua vez, são responsáveis ​​por adquirir esses produtos diretamente das refinarias, como a Petrobras. O proprietário do posto de combustível, portanto, não tem controle sobre o preço de compra do produto. 

Além disso, é importante considerar que os postos de combustível também precisam gerir suas próprias despesas e manter uma margem de lucro viável para a continuidade dos negócios.

Processo de Formação dos Preços

O processo de formação dos preços dos combustíveis é complexo e envolve diversos fatores, como a cotação internacional do petróleo, os impostos e a margem de lucro de cada etapa da cadeia de distribuição. O dono do posto adquire o produto da distribuidora, que por sua vez compra das refinarias, sendo a Petrobras uma das principais fornecedoras no Brasil.

A Petrobras é responsável pela produção e pela precificação do petróleo e seus derivados, definindo os preços de acordo com a política de mercado, levando em consideração o cenário internacional e o câmbio. Esses valores são repassados ​​às distribuidoras, que também têm suas margens de lucro e custos operacionais.

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Distribuidoras seguram o repasse

As distribuidoras podem segurar o repasse das reduções dos preços da Petrobras nas suas vendas para os postos de combustíveis por diferentes motivos. 

Um dos principais motivos é o objetivo de proteger sua própria margem de lucro. 

As distribuidoras são empresas que atuam na compra de combustíveis da Petrobras e revendem esses produtos para os postos. Quando ocorre uma redução nos preços da Petrobras, as distribuidoras podem optar por não repassar imediatamente essa redução aos postos, buscando preservar sua margem de lucro. 

Isso acontece porque, embora a Petrobras reduza o preço de venda para as distribuidoras, outros custos, como impostos, logística e operacionais, podem permanecer os mesmos ou até mesmo aumentar. Assim, as distribuidoras podem segurar temporariamente o repasse dessas reduções para compensar esses outros custos e manter uma margem de lucro estável. 

Além disso, também é importante considerar que as distribuidoras enfrentam suas próprias pressões de mercado, como variações no preço do petróleo, taxa de câmbio e demanda, o que pode influenciar suas estratégias de precificação e repasse dos preços aos postos de combustíveis.

Treinamento Presencial – Potencializando Líderes e Gerentes

Portanto, o dono do posto de combustível não tem o poder de estabelecer ou alterar os preços dos combustíveis. Ele simplesmente compra o produto da distribuidora pelo valor determinado por esta, e, em seguida, repassa ao consumidor, adicionando sua margem de lucro.

Dessa forma, é fundamental entender que o dono de um posto de combustível não é o responsável direto pelos preços dos combustíveis. Ele opera em um sistema regulado e depende dos valores alcançados pela distribuidora, que, por sua vez, segue as diretrizes da Petrobras.

A questão dos preços envolve fatores complexos e múltiplos agentes ao longo da cadeia de distribuição, indo além da esfera de influência do proprietário do posto.

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Renato da Silveira Fundador e CEO da Brasil Postos

Renato da Silveira Fundador e CEO da Brasil Postos

Fundou em 2009 o Portal e Academia Brasil Postos que é voltado para o ecossistema de postos de combustíveis e lojas de conveniência, apoiando revendedores através da primeira academia de ensino aberta Brasil e E-commerce do segmento.

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Graduações & Certificações  

  • Mestre Administração de Empresas e atua como profissional de marketing desde 1997
  • MBA em Administração Estratégica – Universidade de Lisboa
  • Especialização em Publicidade na ESPM
  • Pós Graduação em Marketing na PUC Campinas

Foi o primeiro a criar o conceito de treinamentos e formações operacionais, gerenciais e estratégias On Line para o Segmento.

Inovando mais uma vez no ano de 2020 criou os primeiros programas de mentoria para o Segmento, destacando-se com o Visão 360° com foco na sustentação e crescimento da revenda e Mudança em Ação voltado para loja de conveniência.

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1 COMENTÁRIO

  1. Caro Renato, li sua matéria, naíntegra, muito boa e esclarecedora! Porém temos que separar o “joio” do “trigo”.
    De um lado temos donos de postos honestos, dedicados que vivem e tiram seu sustento de seu posto ou da sua rede de postos. Dos muitos bons exemplos que temos no mercado, cito os proprietários da Rede Graal de postos de combustíveis que recebem combustíveis de distribuidoras diferentes com garantia de origem, qualidade e notas fiscais e romaneios originais e com código de barras.
    Do outro lado temos “donos” de postos que enganam os clientes com maquininhas de bloqueio de combustível e acelerador do marcador, fazem clonagem de cartões de crédito, compram combustível “batizado” e diversos outros estelionatos.
    Infelizmente, cabe somente ao consumidor descobrir na própria pele ou no próprio veículo o que é “joio” e o que é “trigo”.
    Abraços,

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