Na apuração mensal, todos os estados apurados e o Distrito Federal apresentaram valorização do produto, segundo a ANP

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 20 estados e no Distrito Federal na última semana, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.

Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol caiu 4,6% na semana de 28 de março a 3 de abril ante a anterior, de R$ 4,067 para R$ 3,880 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do hidratado ficou em R$ 3,658, recuo de 5,04% ante a semana anterior.

O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,999 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 3,658, também em São Paulo.

O preço máximo, de R$ 5,999 o litro, foi verificado em um posto do Rio de Janeiro. O maior preço médio estadual foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 5,302. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País avançou 6,42%.

O estado com maior alta no período foi Mato Grosso do Sul, onde o litro subiu 18,74%. Na apuração mensal, todos os estados apurados e o Distrito Federal apresentaram valorização do biocombustível.

Os preços dos combustíveis estão pesando cada vez mais no bolso dos brasileiros.

O etanol apresentou aumento de 17,97% nos preços em março, na comparação com fevereiro. Com isso, o combustível passou a ser comercializado pelo valor médio de R$ 4,599 o litro. Já a gasolina se aproxima de R$ 6, após aumento de 12,06% no mês passado. O preço médio do combustível foi de R$ 5,717. É o que revela o Índice de Preços Ticket Log (IPTL).

“Ao comparar o preço da gasolina em março com o registrado em dezembro, é possível notar uma trajetória de aumentos consecutivos ao longo dos levantamentos feitos nesses primeiros meses do ano, que resultaram em um valor médio por litro 22% maior. Se a mesma comparação for feita com o etanol, o aumento no período passa de 24%”, destaca Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

O levantamento realizado na primeira quinzena de março já apontava que o etanol havia superado a marca de R$ 4. Com o fechamento do mês, o combustível foi encontrado pelo valor médio mais alto na Região Sul, a R$ 4,774. O preço mais baixo esteve no Centro-Oeste, a R$ 4,412.

Já a gasolina apresentou o cenário oposto: enquanto o preço médio mais caro para o combustível foi registrado na Região Centro-Oeste, a R$ 5,800, o mais barato esteve no Sul, a R$ 5,528. “Para ambos os combustíveis, a Região Sudeste apresentou o maior aumento dos preços. O etanol avançou 21,47% nos postos, e a gasolina, 13,14%”, aponta Pina.

No recorte entre Estados, o Acre segue com a gasolina mais cara do País. Após aumento de 12,44% nos preços, o combustível foi comercializado a R$ 6,166 o litro. Também no Norte, o Amapá manteve a gasolina mais barata, a R$ 5,285, após o preço médio avançar 14,87%. A maior alta foi registrada em Roraima, de 15,69%.

O preço médio mais baixo do etanol foi encontrado em São Paulo, de R$ 3,904. O valor está 20,94% acima do registrado em fevereiro. Já o Rio Grande do Sul apresentou o combustível mais caro, a R$ 5,323, após aumento de 17,20%.


Preço médio do diesel sobe 9,39% nas bombas em março, aponta Ticket Log

O preço médio do diesel nos postos do Brasil subiu 9,39% em março ante o mês anterior, para 4,487 reais por litro, mostraram dados do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) enviados à Reuters.

Na comparação com a média registrada ao final de dezembro, o valor do combustível fóssil avançou 16,8%.

“Trata-se da quinta alta consecutiva do diesel. Desde outubro, quando o levantamento registrou o último recuo na comparação mensal, o preço médio do combustível avançou 21,82%”, afirmou em nota o Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil, Douglas Pina.

O diesel S-10, que também registra aumento nos preços desde outubro do ano passado, apresentou valor médio por litro de 4,539 reais por litro em março, após alta de 8,95% em relação a fevereiro. O combustível avançou 16,44% no trimestre.

As altas no preço do combustível nas bombas foram impulsionadas por um avanço dos preços da Petrobras – que detém quase 100% da capacidade de produção de diesel do Brasil – nas refinarias do país.

O médio do diesel da estatal acumula alta de 36% no ano, segundo cálculos da Reuters com números divulgados pela estatal.

A companhia, que não consegue atender toda a demanda brasileira com a produção doméstica, tem como política seguir a paridade de preços internacional.

Tendência altista

Os preços do diesel seguem com tendência altista no Brasil, com pressões inflacionárias, apontou à Reuters o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Dentre os motivos, disse ele, está o edital da reguladora ANP, publicado na véspera, para o próximo leilão de biodiesel (misturado no diesel comum), que visa atender às demandas de maio e junho, que prevê preços máximos de referência entre 7,42 reais e 7,86 reais por litro, ante intervalo de 5,82 reais e 6,24 reais do leilão anterior.

Atualmente, a mistura obrigatória de biodiesel no diesel no Brasil é de 13%.

Além disso, a princípio, está previsto para maio o retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel, que foi suspensa temporariamente pelo presidente Jair Bolsonaro como forma de segurar a alta dos preços e acalmar protestos de caminhoneiros que ameaçavam a realizar uma greve em fevereiro.

O forte avanço dos preços do diesel no Brasil acabou levando Bolsonaro a decidir não renovar o contrato do presidente da petroleira Roberto Castello Branco, que atualmente apenas aguarda a posse de seu sucessor para deixar o posto à frente da companhia.

Paridade de importação

Segundo a Abicom, a Petrobras manteve os preços abaixo da paridade de importação desde setembro até março, o que não permitiria que muitas companhias importassem o produto tendo margens positivas.

Mas um recente movimento de queda dos preços no exterior permitiu que os valores da Petrobras ficassem acima da paridade de importação por alguns períodos, segundo cálculos da Abicom.

No fechamento da quarta-feira, o diesel da Petrobras estava 0,03 real por litro acima da paridade de importação, segundo a associação.

Marta Nogueira – Reuters


 

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