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Mudança faz parte da estratégia da expansão dos negócios da empresa, que em cinco anos espera estar presente em todos os estados brasileiros.

Aos poucos as fachadas dos postos Total Combustíveis estão sendo substituídas. É que agora o nome a ser adotado será Petronac Combustíveis. A adoção da marca é o primeiro passo do plano de expansão da empresa que almeja ter presença em todos os estados do país. As reformas de postos bandeirados começam este mês e devem seguir até janeiro de 2020. A expectativa é de que a partir de novembro as mudanças comecem a ser observadas pelos consumidores.

“Temos hoje uma presença marcante no Nordeste. A adoção do novo nome faz parte desse projeto para tornar a marca mais consolidada. Nossa expectativa é seguir competindo de forma mais arrojada em todo o mercado nacional”, afirma o diretor presidente da Petronac, Alberto Perez. Com sede no Recife, a Petronac conta com quatro bases próprias de distribuição (Bahia, São Paulo, Goiás e Distrito Federal) e 17 filiais nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste, fornecendo combustível para mais de 3.800 postos no Brasil. No ano passado, a empresa distribuiu aproximadamente 2,3 milhões de metros cúbicos de combustível.

Além da mudança do nome, o plano de expansão do grupo para os próximos dez anos inclui o investimento em novas bases e novos postos embandeirados. “O quadro da empresa vem crescendo ao longo dos últimos meses para suportar o crescimento que vem pela frente. A expectativa é a geração de novos postos de trabalho à medida em que a distribuidora for se expandindo pelo país”, pontua Alberto.

Atualmente, a Petronac ocupa a segunda posição no Índice de Excelência Empresarial no Atacado no Brasil e 85ª posição no ranking geral de vendas líquidas, conforme o ranking 2018 das 1000 Melhores e Maiores Empresas do Brasil (Revista Exame). Entre os números que constam no documento estão o crescimento de 43,5% em 2017, ocupando o 20º lugar entre as empresas que mais cresceram no ano passado. A rentabilidade de 66,6% coloca a distribuidora na segunda posição entre as empresas do setor. No ranking de liquidez corrente, a Petronac ficou em sétimo lugar (2,35).

Holding – A distribuidora pernambucana Petronac Combustíveis integra a holding TT Work, criada em 2017 para atender as demandas geradas pelos novos negócios desenvolvidos nos últimos anos pela antiga Total Distribuidora e composta por três outros empreendimentos, além da Petronac: a Tdez (cadeia de fornecimento/logística), a Tecomb (terminais de distribuição) e a AtlantImport (importação). Atualmente, a holding conta com 493 colaboradores.

Em maio deste ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), concedeu a aprovação final para a entrada dos chineses no negócio. A PetroChina Internacional (Hong Kong) Corporation Limited (PCIHK) adquiriram 30% da TT Work. A transação foi concluída em junho com os sócios internacionais passando a ser acionista do negócio. “Foram dois anos de negociação. A PetroChina tem um projeto para as Américas e nós iniciamos as conversas de parcerias com as duas empresas. Com o tempo, a proposta evoluiu para a sociedade”, relata Alberto Perez.

No parecer pela aprovação do Cade, 70% da TT Work permanecerá nas mãos de cinco acionistas, que antes detinham 100% da operação. Segundo o documento, o objetivo da chegada dos novos sócios é facilitar o desenvolvimento e a expansão dos negócios da PetroChina no Brasil. Já a TT Work busca ganhar espaço no mercado nacional. Hoje, o grupo responde por 2% das vendas nacionais de gasolina C e diesel e de 1,17% das vendas de etanol.

“Nossa intenção é utilizar a atuação da PetroChina no mundo para trazer vantagens competitivas. Isso não implica dizer que vamos parar de comprar produto nacional. Porém, a busca por menores custos para desonerar toda a cadeia é um dos nosso objetivos”, ressalta Perez.

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Entrevista – Alberto Perez (diretor presidente Petronac)

Crescimento – A Petronac vem registrando um crescimento em torno de 10% a 12% ao ano na distribuição de combustíveis. Iniciamos em 1996 e sempre tivemos crescimento significativo, mas nos últimos cinco anos tivemos esse registro médio. Atribuímos essa média à abertura de novos mercados. Estamos crescendo em outros estados. Nossa participação no mercado hoje é em torno de 2,2%. Quando entra em outro estado esse crescimento se torna muito forte. Já estamos em 16 estados, principalmente na região Nordeste. Nascemos no Nordeste, mas já temos presença no Centro-Oeste e Sudeste.

Desafio – O mercado é muito vulnerável por conta da política de preços da Petrobras, que muda praticamente todo dia. O mercado ainda tem influência do dólar e do mercado internacional de petróleo, mas estamos conseguindo avançar neste sentido. O que nos falta é estabilidade. Existe muita incerteza. Quem acompanha o mercado neste último mês, por exemplo, percebe que existe muita oscilação. E tudo influencia no nosso produto. Tudo é complexo e não dá uma estabilidade.

Caminhoneiros – A greve foi muito séria, muito grave. Mas a vulnerabilidade do setor não é de agora. A política de preços acendeu a discussão. Toda a política de preços era anterior a isto. A questão do preço interno todos compram da Petrobras então não tem um diferencial, nem segurança.

Pernambuco – O Porto de Suape nos ajuda por ter uma proximidade de mercado. É um modal logístico importante para quem trabalha na região Nordeste. No caso da Refinaria Abreu e Lima – é de lá que sai o Diesel S-10, que é um dos nossos produtos -, isso nos dá uma vantagem de distribuição. É importante essa proximidade para o abastecimento. Estar no Nordeste também facilita por estar mais próximos das usinas no período de safra. Para nosso negócio é importante estar mais perto desses mercados.

Mercado potencial – Os estados do Sul são os mais potenciais e parte do Centro-Oeste. Não chegamos ainda porque queremos consolidar a presença no mercado local. Dentro do nosso planejamento, acreditamos que nos próximos cinco anos iremos ganhar mercado nacionalmente.

Venda direta – A ANP (Agência Nacional de Petróleo) vem promovendo debates em relação à venda direta das usinas para os postos de combustível. Na verdade vai ser difícil equalizar. Essa questão da compra direta das usinas tem que levar em consideração que as usinas são sazonais. Existe o período de produção aqui no Nordeste e no Centro-Oeste. Então, é mais complicado. Temos que levar essa sazonalidade em consideração. Os postos daqui terão que comprar no Sul quando as usinas locais estiverem na entresafra, por exemplo. Isso poderá encarecer ainda mais o produto.

Incertezas – Qualquer investidor externo olha o cenário político brasileiro. Empresas passaram muito tempo apreensivas. O que precisamos é de um projeto que traga estabilidade, seja qual for o governo. Precisamos de uma política previsível. Se tiver estabilidade, qualquer político vai dar uma segurança maior. Por enquanto, não existe esta confiança dos empresários, nem do mercado externo.

FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br

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