O encarecimento do produto preocupa os agricultores, tendo em visto que esse gargalo tem impacto também nas prateleiras do supermercado.

Algumas propriedades têm estocado o combustível para que não falte o produto durante o plantio da oleaginosa.

A maioria das propriedades em Mato Grosso já iniciaram os preparativos para dar o pontapé na semeadura de mais uma temporada de soja no estado. Entretanto, a escassez e o encarecimento do óleo diesel têm preocupado os produtores, já que esse problema pode encarecer o custo do transporte da safra.

Em Campo Verde, o produtor Wander Resende Martins comenta que por safra o consumo de diesel é alto chegando em uma média de 40 mil litros por mês.

“Hoje eu tenho dez mil litros de diesel estocado, mas estamos usando. O que nós temos de estoque na fazenda hoje, aproximadamente de dez a 15 dias acaba, estamos jogando adubos e nivelando áreas”, diz.

Na propriedade do agricultor a integração lavoura e pecuária está presente. E nesta safra, a lavoura de soja deve ocupar 2,1 mil hectares. Mesmo essa projeção, Wander releva estar apreensivo. “Se faltar diesel, como a gente vai fazer lá na frente com as contas? Aí não tem como plantar e nem como pagar os fornecedores depois”, afirma.

Encarecimento do produto também preocupa produtores

Além da escassez, outra preocupação dos agricultores é com o encarecimento do produto. Em algumas regiões do estado, a média de preços, que girava em torno de R$ 4,60 o litro, houve um aumento de pelo menos 35% em empresas autorizadas a comprar grandes quantidades de combustível e revendê-lo a granel para outras empresas e consumidores. Estas são conhecidas como TRR – Transportador Revendedor Retalhista.

O vice-presidente do Sindicato Rural de Querência, Osmar Frizzo explica que o custo do diesel girava em torno de dois sacos e que atualmente aumentou para três. “A gente compra em uma quantidade maior porque agora é início de plantio e há uma demanda muito grande de diesel. Isso está sendo difícil”.

Já em Canarana, segundo o presidente do Sindicato Rural, Alex Wisch, o litro do produto está R$ 2 mais caro.

“Isso resulta em R$ 50 mil, R$ 60 mil por ano a mais de óleo diesel. Ou seja, um salário de um funcionário de um ano inteiro só em diesel. O preço do calcário já aumentou, o preço dos fretes nos insumos também e a classe menos favorecida nisso vai sofrer porque o preço dos alimentos na prateleira, também vai aumentar”, pontua Alex.

O coordenador comercial TRR do Grupo Andreis, Rodrigo Bressane, comenta que a empresa atende aproximadamente 200 agricultores em pelo menos 11 municípios do estado.

“A companhia na hora corta o nosso pedido e carrega o mínimo que ela tem lá. Nunca aconteceu esse cenário de um TRR ser mais caro que um posto. A falta do produto faz aumentar, então a falta do produto vai aumentar e provavelmente os preços vão subir mais”, finaliza.

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Fonte: https://www.canalrural.com.br/

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