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As três maiores operadoras de cartão-combustível e gerenciamento de despesas de frotas corporativas que atuam no país – a Ticket Log, da francesa Edenred, a Wizeo, da também francesa Sodexo, e a CTF, da americana FleetCor -, projetam aumento de vendas em 2018, após retração do mercado em 2016 e estabilidade em 2017.

A maior parte dessa retomada virá do aumento da base de clientes, com a adesão de mais empresas a esse tipo de serviço – a utilização de cartões-combustível e programas para gestão de outras despesas de frotas. Hoje, essa modalidade é usada para pagar em torno de 20% dos cerca de 60 bilhões de litros de combustível que abastecem anualmente os veículos corporativos no Brasil. Para os executivos do setor, essa taxa deve subir para 25% este ano e 30% em 2018.

“A crise levou as empresas a cortarem custos e isso afetou a utilização da frota. Este ano, por exemplo, o volume [de combustíveis] ainda está em queda, com uma baixa de 2,8% em relação ao ano passado. Um de nossos clientes, por exemplo, que tinha 1,3 mil caminhões, reduziu a frota para mil”, conta o diretor geral da Ticket Log, Gustavo Chicarino, que responde pela operação da líder do setor no país, com cerca de 70% de participação de mercado.

Mas, diz Chicarino, essa crise também atraiu “clientes virgens” – empresas que gerenciavam elas próprias as despesas de combustíveis e de manutenção, mas aderiram aos cartões da Ticket Log. “O nosso crescimento tem sido mais por ‘clientes virgens’ do que pela atração de carteiras de concorrentes”, disse.

O grupo Edenred fatura € 1,1 bilhão por ano, sendo cerca de € 350 milhões no Brasil – onde comprou em janeiro do ano passado, por R$ 790 milhões, a Embratec, dona das marcas Ecofrotas e Expers de cartões de abastecimento de combustível e de manutenção de veículos. Com o negócio, passou a 27 mil clientes corporativos, que representam um universo de um 1,3 milhão de cartões e uma rede de postos de gasolina e oficinas de manutenção de 36 mil fornecedores.

A concorrente Sodexo, que divide com a Edenred o mercado brasileiro de cartões de benefícios, como vale-refeição, decidiu que precisa ganhar escala no segmento de cartões-combustível no país. Como parte do plano, a companhia passa a usar esta semana a marca Wizeo nos cartões-combustível. “Queremos dobrar nossa base de clientes até 2020”, disse o diretor executivo de gestão de frotas da Sodexo Benefícios e Incentivos, Rodrigo Somogyi, que responde hoje por uma área que atende 500 clientes corporativos, 13 mil cartões ativos e uma rede de 6 mil fornecedores.

A Sodexo vai buscar crescer sobre a base de clientes que já possui no país – 95 mil empresas que contratam os serviços de alimentação ou usam um dos cartões ou sistemas de benefícios a funcionários da companhia francesa. “Vamos usar nossa base de clientes corporativos para fazer ‘cross sell’ além de também buscar clientes que não usam esse tipo serviço”, afirmou Somogyi.

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Ele diz que essas plataformas de pagamento negociam melhores condições de preços e prazos com os postos de gasolina, oferecem serviços de telemetria e outras ferramentas que ajudam as empresas usuárias de cartões-combustível a economizarem.

Mas antes de começar a enxergar a Edenred e a Ticket Log no horizonte, a Wizeo da Sodexo terá que se aproximar da vice-líder do mercado, a CTF Technologies, comprada em 2012 pelo grupo americano FleetCor – o maior do mundo nesse negócio, com meio milhão de clientes em 43 países -, dono no Brasil também da CCR e da Sem Parar.

A diretora comercial da companhia, Vanessa Viel, disse que a demanda no país voltou a crescer pelos serviços de cartões-combustível e gestão de despesas de frotas, como reflexo da retomada da atividade econômica. “Vemos a reação de consumo, especialmente em alguns segmentos de atividade econômicas, como transportadoras e varejo”, disse a executiva da empresa que responde por aproximadamente 10% desse mercado.

Segundo Vel, este ano a companhia tem crescido a um ritmo da ordem de 13% sobre 2016 em volume de combustível consumido. “Projetamos que essa tendência vá ser reforçada em 2018, com dois vetores, o de clientes novos, que ainda não usam nenhuma das ferramentas, e também a atração de clientes de concorrentes”, afirmou.

FONTE: Valor Econômico

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