O escândalo contábil que levou a Americanas à recuperação judicial preocupa clientes da conta digital Ame.

Desde 12 de janeiro, um dia após Sergio Rial anunciar seu desligamento da empresa que presidiu por dez dias, consumidores buscam informações nas redes sociais sobre o futuro da Ame.

As publicações se intensificaram apartir da última sexta (20), com relatos de dificuldades no acesso ao aplicativo.

A Americanas, responsável pela conta digital, afirma que todas as operações da Ame estão normalizadas e não há risco para os clientes.

“O cashback nas contas digitais da Ame seguirá disponível normalmente, podendo ser utilizado de diferentes formas, de acordo com a política de utilização vigente”, explica em seu site.

Por meio da Ame, o consumidor pode, por exemplo, comprar em lojas físicas e online, recarregar celular, abastecer o carro, pagar contas e fazer empréstimos pelo aplicativo. Se o pagamento for em estabelecimentos parceiros da Americanas, ele recebe de volta uma parte do valor gasto na conta digital para novas compras.

Neste sábado (21), a Americanas publicou em seu site “respostas para as perguntas mais recentes” dos consumidores do grupo.

A medida faz parte da estratégia de acalmar os clientes.

Em entrevista à Folha, o diretor de operações e relacionamento com o consumidor da Americanas, Marcio Chaer, afirmou que a empresa continua verificando o mesmo nível de demanda, tanto dos clientes como de parceiros.

“A venda continua igual. Não teve alterações. O abastecimento continua normal, as gôndolas continuam com o mesmo sortimento que já tinham. O site também está operando normalmente, com o mesmo nível de preços”, disse Chaer.

Segundo a empresa, nada mudou para o consumidor. “A Americanas segue operando normalmente, mantendo seu propósito de entregar a melhor experiência. Os clientes podem comprar produtos e serviços disponíveis em diversas unidades da Americanas próximas e também no site e app da marca”, afirma o grupo.

A varejista tem uma dívida de aproximadamente R$ 43 bilhões com 16,3 mil credores, configurando o quarto maior pedido de recuperação judicial da história do Brasil. 

MEDO DE CALOTE

No Twitter, alguns usuários publicaram mensagens como: “Ame, o programa de cashback das Americanas, tá fora do ar… Devo me preocupar com calote?” e “Esse rolê da Americanas falindo interfere de alguma forma no cashback da Ame?”.

Em contato com a companhia via Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) para saber como as “inconsistências financeiras” podem impactar os clientes que possuem créditos de cashback da empresa. Até o momento, nenhuma mudança brusca foi feita ou anunciada. A companhia apenas reduziu a quantidade de itens que devolvem uma parcela do valor da compra.

Ainda é possível encontrar produtos internacionais que oferecem até 50% de cashback, como o perfume da Calvin Klein, que custa R$ 227,55, ou o Robô Aspirador De Pó Liectroux ZK901, por R$ 1.817,09.

A empresa afirmou também, via SAC, que o processo de recebimento do cashback permanece o mesmo. Basta o cliente comprar na Americanas usando o cartão Ame que terá o cashback informado em cada produto. Além disso, o valor estornado também pode ser usado em outras empresas parceiras, como o Ifood e o Shoptime.

A Ame alertou, no entanto, que criminosos aproveitaram da notícia de RJ da varejista para fazer anúncios falsos, que podem roubar dados dos clientes. A Ame Digital sugeriu, então, que os clientes façam compras apenas no site da empresa ou direto no aplicativo Ame.

E afirmou também que qualquer novidade sobre uma possível suspensão das operações com a Americanas será comunicada por meio dos perfis da companhia nas redes sociais.

Em fato relevante, a varejista apenas afirmou que “o grupo de acionistas de referência da empresa (Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira) informou ao Presidente do Conselho de Administração que pretende manter a liquidez da companhia em patamares que permitam o bom funcionamento da operação de todas as lojas, do seu canal digital, – americanas.com –, da Ame e suas demais coligadas”.

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