Caso aconteceu em Uberlândia e homem foi liberado pela PM.

Por lei, qualquer recipiente que for usado para transportar o combustível precisa ser certificado pelo Inmetro.

“Ele já chegou batendo o galão no carro pedindo para ser atendido”. O relato é da frentista que foi agredida por um cliente em um posto de combustíveis. Segundo a trabalhadora o homem já chegou no local exigindo que fosse atendido.

A funcionária ainda contou que o agressor alegou que o galão de amaciante era semelhante ao indicado pelo Inmetro e que a negativa de não usá-lo era apenas para forçá-lo a comprar o recipiente do estabelecimento.

A frentista também disse a versão do ocorrido à reportagem e explicou que inicialmente não foi ela quem atendeu o cliente. Quando a frentista diz ao homem que o combustível não podia ser colocado e transportado nesse tipo reservatório, ele a agrediu com socos e a derrubou no chão.

“Um colega foi até lá para atendê-lo e explicou que não podia abastecer naquele galão, pois só poderia ser em um recipiente que tivesse selo do Inmetro”, complementou.


ENTENDA: Uma norma da Agência Nacional de Petróleo (AN) exige que os galões que transportam combustíveis sejam certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia Industrial (Inmetro).

+++ VEJA O QUE DIZ A NORMA DA ANP: O galão de 5 litros sofreu mudanças e deve ser substituído nos postos de combustíveis


 

‘Me senti humilhada’

Após a negativa, o homem caminhou até um grupo de frentistas em que a mulher estava e pediu novamente para que o recipiente fosse preenchido com combustível. Foi quando a frentista negou e acabou sendo agredida com o galão de amaciante.

Momento em que agressor lança o galão de amaciante na frentista — Foto: Reprodução/Câmeras de Segurança

“Eu recomendei que ele procurasse saber realmente como era o galão do Inmetro, em seguida ele virou as costas, nos mandou ir para o inferno e jogou o recipiente em mim”, relembrou a funcionária.

“Saio com o objetivo de trabalhar, para buscar o pão para a minha casa, sempre tento fazer o meu melhor. Fui muito humilhada. Imagina meus pais vendo eu sendo agredida no local do meu trabalho”, contou.

O caso foi registrado no Bairro Santa Mônica e imagens do circuito de segurança no local mostram o momento da agressão.

Polícia foi chamada após confusão

A vítima contou que assim que o homem jogou o galão nela, pediu para que os colegas chamassem a PM. Quando os militares chegaram, coletaram os depoimentos de todos os envolvidos, mas não queriam esperar que o responsável pelo posto chegasse com as gravações das câmeras de segurança.

“Quando contei minha versão, o PM disse que não condizia com a versão que o cliente estava contando, e afirmaram que fariam o BO sem as imagens das câmeras porque não podiam esperar meu patrão chegar”, relembrou.

Enquanto realizavam a abordagem, o patrão da funcionária chegou ao local do ocorrido e conseguiu exibir as imagens que confirmaram a agressão contra a frentista. Após o registro da ocorrência, o cliente foi liberado.

A produção da TV Integração fez contato com a corporação, que informou que “estão fazendo o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) do indivíduo” e não deu mais detalhes.

A reportagem também procurou a Polícia Civil para saber se o homem deveria ter sido encaminhado para a delegacia e aguarda retorno.

“Hoje a segurança não vale de nada, a lei não está do lado do trabalhador. Acho que pelo menos eles poderiam ter me amparado, dito o que teria que fazer. Falaram apenas para esperar pela audiência, que ainda será marcada”, finalizou a frentista.

O que diz a PM?

O tenente Cleiton José explicou que não é em toda situação que termina com a prisão imediata do suspeito.

“Temos o código penal que estabelece que não é qualquer crime que ocorra que cabe prisão imediata. Isso é substituído por um Termo Circunstanciado de Ocorrência, que depende também da vontade dos envolvidos em fazê-lo. Posteriormente, ele (o cliente) vai ser chamado na Justiça para prestar declaração”, disse.

O militar também ressaltou que o serviço da PM já foi encerrado em relação ao ocorrido.

“O trabalho da polícia nesse caso já foi encerrado, a gente já qualificou todo mundo e orientamos as partes. Nada justifica essa ação deles, o fato é que ele lançou o plástico na atendente e ela tentou tirar fotos dele, uma situação que acabou envolvendo todos os funcionários que tomaram as dores dela por ela ser mulher. Foi uma desinteligência, falta de argumentação, ela poderia ter simplesmente explicado para ele que não era possível vender e por qual motivo. Do mesmo modo que ele também poderia ter mais um pouquinho de paciência e entender os motivos dela”.

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