A Petrobras ratificou que a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado global, é necessária para a garantia do abastecimento doméstico

Distribuidoras de combustíveis estão reclamando da falta de diesel em diversas regiões do pais. A informação é da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicon), em consultas informais.

 

Para o presidente da Abicon, Sérgio Araújo, a restrição da oferta do diesel se dá por conta da nova política de preços da Petrobrás que decidiu manter congelado o valor interno do produto, desde o mês de maio deste ano, desestimulando as importações.

Os dados divulgados pela Abicon mostram que há um cenário de defasagem nos preços do diesel. A associação emitiu um comunicado relatando a distorção de valores praticados atualmente pela Petrobras, haja vista que o Brasil não é autossuficiente e depende da importação do produto. Ainda segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), no mês de maio, 27,5% do diesel comercializado nos postos de combustíveis, foram importados.

A própria Petrobras tem reforçado as preocupações com uma possível escassez no mercado brasileiro, já para o segundo semestre. De acordo com a petroleira, o risco de um desequilíbrio no mercado global nos próximos meses se justifica por três motivos:

  1. Aumento sazonal de demanda mundial. No Brasil, o fator é agravado pelo escoamento mais intenso na safra das commodities agrícolas.
  2. Menor disponibilidade de exportações russa pelo prolongamento e agravamento de sansões econômicas ao país, após a invasão da Ucrânia.
  3. Eventuais indisponibilidades de refinarias nos Estados Unidos e Caribe, diante da proximidade da temporada de furações, entre junho e novembro.

Diante dos intensos debates no governo e no congresso para abrandar a inflação dos combustíveis, a estatal ratificou que a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado global, é necessária para a garantia do abastecimento doméstico.

+++ Leia também: Procon presta esclarecimentos sobre gasolina formulada

“Preços abaixo do mercado inviabilizam economicamente as importações indispensáveis para complemento da oferta nacional. Exemplos recente de desalinhamento aos preços de mercado já se traduzem em problemas de desabastecimento em países vizinhos, como a Argentina”, destacou a Petrobras.

No Estado de Minas Gerais, que faz fronteira com Goiás, a ausência do produto já é sentida pela população. O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg) emitiu um alerta sobre uma potencial falta de abastecimento de diesel no estado. São inúmeros relatos de gerentes e donos de postos protestando a carência do diesel.

Os estados onde os consumidores estão tendo maiores problemas em encontrar o diesel são: Rondônia, Pará, Tocantins, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

Alta do preço do diesel

Um levantamento do índice de preços feito pela Ticket Log (IPTL), mostra que se consolida o comportamento de preços nas transações de postos, com uma média precisa. Os dados apontam que, após o reajuste de 25,8% no valor do diesel repassado para as refinarias, em validade desde o dia 16 de agosto, o consumidor está pagando em média, cerca de 10% mais caro no valor da bomba. Segundo a Ticket Log, a alta atingiu todas as cinco regiões do país, sendo que, o diesel S-10, foi o que sofreu maior alta.

Cesta básica

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), ressalta que o reajuste do diesel foi muito expressivo e poderá elevar o preço da cesta básica para os próximos dias. Márcio Milan, vice-presidente da entidade, relata que os produtos que sofrerão alta em primeiro lugar serão os hortifrutigranjeiros, cujo os estoques duram de dois a três dias.

Outros produtos, como carnes e laticínios, devem passar por reajustes até o mês de setembro. Para Márcio, toda a cadeia produtiva será impactada de forma negativa e quem pagará essa conta – será o consumidor.

Sindposto – GO

Para o presidente do Sidposto, Marcio Andrade, explica que, em Goiás o risco de desabastecimento é praticamente existente, pelo mesmo até o presente momento. “Está acontecendo uma maior procura pelo produto, por conta da expectativa de aumento de preços, com isso a demanda fica maior que o normal. As restrições estão ainda maiores devido a um problema no duto que traz os combustíveis de Paulínia – SP, para Goiânia.

Marcio Andrade, no entanto, tranquiliza os goianos afirmando que não há riscos de desabastecimento total. “Podem acontecer faltas ocasionais em um ou outro posto por alguns momentos, mas o consumidor não ficará sem opção do produto. O presidente, contudo, esclarece que, esta posição se refere ao cenário atual, permanecendo as condições do momento.

+++ Leia também: ANP – Gasolina Formulada Atende Padrões, afirma ANP

Escrito por: Cilas Gontijo

Fonte: https://www.jornalopcao.com.br/

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2 COMENTÁRIOS

  1. A falta de diesel já uma realidade a 2 meses, principalmente para Bandeiras Independentes. BB. Todas as Distribuidoras, particularmente a VIBRA, estão se recusando a vender o produto (restrição) para esse seguimento (B.Branca) o que está levando ao fechamento de muitos Postos a nivel Brasil.
    E a imprensa, seguimentos de noticias como essa pagina, alem de Sindicatos, não dão enfase alguma.
    Parece que não existem, porem dão muito emprego…

    • Olá Arimateia, não entendi como você diz que essa página não dá enfase alguma se você leu esse artigo aqui. Fiquei confuso!

      Nessa semana publicamos 4 artigos sobre esse tema.

      Se você escrever um artigo sobre esse problema e quiser publicar, o espaço está aberto.

      Ficamos a disposição,

      Equipe Brasil Postos

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