O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis do Brasil avançou na primeira quinzena de maio ante o final de abril, revertendo tendência de estabilização vista no mês anterior, indicaram pesquisas publicadas nesta segunda-feira por duas companhias de gestão de frotas do país.

Segundo a ValeCard, cujo levantamento é baseado em abastecimentos realizados com seu cartão em cerca de 25 mil postos, o valor do combustível subiu 0,91% no período, atingindo média de 5,789 reais por litro.

“Depois de ensaiar uma estabilização no último mês, o valor cobrado nos postos nesta primeira quinzena subiu… As maiores altas foram registradas no Amapá (8,71%) e Piauí (3,51%)”, disse a companhia em nota.

Já a Ticket Log, marca de gestão de frotas da Edenred Brasil, também apurou em sua pesquisa aumento no preço da gasolina na quinzena, indicando uma alta de 0,85%, para 5,747 reais/litro, conforme abastecimentos de 1 milhão de veículos em 18 mil postos.

Ainda segundo o índice de preços da companhia, a gasolina já havia iniciado o mês 43,5% mais cara do que em maio do ano passado. A Ticket Log destacou que o combustível engatou dez altas mensais consecutivas até março, quando apurou uma queda.

“Todas as regiões voltaram a registrar aumentos nos preços no início de maio”, disse a marca em nota.


ETANOL

O levantamento da Ticket Log apontou ainda que o preço médio do etanol, concorrente direto da gasolina nas bombas, avançou 2,55% na primeira quinzena do mês, a 4,681 reais por litro.

Assim como a gasolina, o valor do biocombustível voltou a subir após queda no mês anterior, quando havia interrompido uma sequência de dez meses de alta, disse a companhia.

A cotação do produto também avançou em todas as regiões, com destaque para uma alta de 5,13% no Sudeste, acrescentou a Ticket Log. A ValeCard, por sua vez, afirmou que apenas em dois Estados do país, São Paulo e Mato Grosso, ainda é vantajoso abastecer com etanol — o biocombustível se tornar uma opção mais atrativa em termos econômicos quando custa 70% (ou menos) do que o litro da gasolina.

Bolsonaro compara valor de ICMS de combustível a estupro

O presidente Jair Bolsonaro comparou nesta segunda-feira (17) o valor do ICMS, imposto estadual que incide sobre o preço de combustíveis, ao estupro, crime previsto no Código Penal com pena de até 10 anos de prisão.

Cobrado pelo aumento nos preços dos combustíveis, Bolsonaro tem responsabilizado os estados pelos valores elevados.

“Tem estado que é um estupro o ICMS. E o pessoal culpa a mim. Então, queremos a definição. O estado cobre o que quiser, mas diga quanto é que está cobrando. Hoje em dia você não sabe disso, então, quando aumenta a gasolina, o pessoal me culpa. Agora, quando eu diminuo, não baixa na ponta da linha“, afirmou o presidente a apoiadores no jardim do Palácio da Alvorada.

A interação com o público foi transmitida por um canal bolsonarista que tem acesso ao local. Bolsonaro disse às pessoas com quem conversou pela manhã que não vê chances de aprovação de um projeto que enviou em fevereiro ao Congresso para estabelecer um valor fixo de ICMS em todo o país.

“O Congresso lá dificilmente tem convergência das coisas. É natural, a vida toda foi assim. Entramos com um projeto lá, pedi urgência, e acho que vou ser derrotado. [O projeto é para] que cada estado defina um valor fixo do ICMS, por que isso diz uma emenda à Constituição lá de 2001. Como devo perder isso daí, eu só tenho um caminho, né, vou depender do Supremo Tribunal Federal”, disse Bolsonaro sorrindo.

“É o que temos no momento aí, para ver se o Supremo… seria talvez uma ação direta de inconstitucionalidade por omissão, talvez seja isso, para a gente definir o preço do ICMS”, afirmou o presidente.

Em fevereiro, o governo encaminhou ao Legislativo uma proposta que estabelece que o ICMS será recolhido uma única vez sobre gasolina, diesel, álcool, querosenes e óleos combustíveis, biodiesel, gás natural e gás de cozinha, entre outros produtos do tipo.

Pelo texto, o imposto será cobrado na refinaria e alíquota para cada combustível será uniforme em todo o país, com um valor fixado em reais, não como uma porcentagem do preço total.

A proposta estabelece ainda que a alíquota será definida por deliberação dos estados e do Distrito Federal e que o ICMS sobre lubrificantes e combustíveis de petróleo será recolhido na unidade da Federação onde houver o consumo final.

O projeto é mais um capítulo na briga que Bolsonaro trava com os estados. Em março, o presidente isentou por dois meses o diesel dos impostos federais, PIS e Cofins, e passou a destacar o percentual do tributo estadual.

No começo de maio, com o fim da isenção de impostos federais, os postos brasileiros já começaram a receber óleo diesel mais caro. Principais afetados, os caminhoneiros ainda cobram do governo a extensão do benefício.

A isenção teve como objetivo conter insatisfação do setor de transporte após a escalada de preços dos combustíveis do primeiro trimestre. O benefício, porém, acabou sendo engolido por outros componentes do preço final.

“Fiquei dois meses sem cobrar PIS/Cofins do diesel, [mas] não baixou nada”, afirmou Bolsonaro nesta segunda.

Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou neste domingo (16), os ministérios da Economia e da Infraestrutura fecham os últimos detalhes de um pacote de benefícios para os caminhoneiros que será divulgado por etapas a partir das próximas semanas.

Um dos benefícios é um voucher para amenizar efeitos dos reajustes do diesel, a “bolsa caminhoneiro”, que já vinha sendo estudada desde o início do ano, quando a categoria ameaçou fazer uma paralisação nacional.

 

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