Petrobras anunciou nesta quarta-feira (3) o início do processo de redução da sua participação acionária da BR Distribuidora, com a publicação do prospecto preliminar da oferta pública de distribuição secundária de ações ordinárias da subsidiária detidas pela estatal.

“A oferta base das ações será de 25%, podendo chegar até 33,75% do capital social da companhia, a depender do exercício do lote adicional e do lote suplementar”, informou a Petrobras.

Com isso, a participação acionária da estatal na BR deve sair dos atuais 71% para 46% ou até 38%, participação acionária da estatal na BR deve sair dos atuais 71% para 46% ou até 38%. Até então, a Petrobras tinha informado apenas que iria reduzir a sua fatia para menos de 50%.

A oferta total de ações dependerá do exercício de lotes adicional e suplementar. Com a redução de sua participação para menos de 50%, a Petrobras estará, na prática, abrindo mão do controle da subsidiária.

Com a operação, a Petrobras poderá levantar até R$ 9,28 bilhões, segundo a Reuters. Dado o preço de fechamento de terça-feira das ações ordinárias da BR, a R$ 23,60 por unidade, a oferta levantaria entre R$ 6,87 bilhões e R$ 9,28 bilhões.

Serão ofertadas 291,25 milhões de ações, além de cerca de 43,687 milhões de ações no lote suplementar e de 58,25 milhões no lote adicional, destaca a Reuters.

“O pedido de registro da oferta encontra-se atualmente sob a análise da CVM, estando a oferta sujeita à sua prévia aprovação. Não será realizado nenhum registro da oferta ou das ações em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto no Brasil, junto à CVM”, acrescentou.

IPO da BR levantou R$ 5 bilhões em 2017

A estatal abriu o capital da BR Distribuidora no fim de 2017. Na ocasião, a petroleira abriu mão de quase 30% de sua participação na empresa. A operação rendeu R$ 5 bilhões.

O conselho de administração da petroleira estatal aprovou em maio a venda de uma participação adicional na BR, reduzindo sua fatia na empresa para menos de 50%.

A oferta ocorre como parte de um amplo programa de desinvestimentos da Petrobras que vem ocorrendo nos últimos anos, mas que vem se intensificando durante o governo de Jair Bolsonaro, que nomeou o economista Roberto Castello Branco, de linha liberal, para presidir a empresa.

A estatal já anunciou a venda de oito refinarias das suas 13 refinarias com o objetivo de arrecadar cerca de US$ 15 bilhões. Em março, a Petrobras também informou que planeja reduzir em US$ 8,1 bilhões os seus custos operacionais.

A atual gestão da estatal busca levantar recursos com a venda de ativos considerados não essenciais para focar seus esforços na exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas, de alta rentabilidade.

Fonte: G1

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