Para começar, é preciso reconhecer que as equipes como um todo – e não só os indivíduos – exigem um feedback claro

Passar de frentista ou líder de pista para gerente de posto pode ser algo desafiador tanto para o novo gerente quanto para os subordinados diretos e a organização como um todo.

Novos gestores tendem a subir de cargo com base no sucesso anterior como frentistas, trocadores de óleo ou lider de pista. Porém, poucos têm experiência ou são treinados para gerenciar com eficácia uma equipe de alto desempenho.

Este é um grande problema para organizações grandes e pequenas, diz  Renato da Silveira, professor e sócio fundador da Academia de Ensino Brasil Postos que já treinou mais de 10 mil funcionários de postos de combustíveis com seus treinamentos online e mentorias.

“Os revendedores e executivos de postos contam com os gerentes de linha de frente para fazer com que tudo funcione no posto”, afirma Renato. Afinal, a grande maioria dos funcionários de um posto de combustíveis reporta-se aos gerentes de linha de frente ou de nível médio, não aos do topo da organização. Ainda assim, os revendedores muitas vezes deixam de lado a necessidade de os gerentes de linha de frente receberem capacitação específica e orientações claras sobre como fazer a gestão da unidade.

Os revendedores muitas vezes presumem erroneamente que os gerentes já são treinados e capacitados na gestão de uma unidade e, principalmente na liderança de equipes. Assim, acreditam que há pouca necessidade de dar explicações ou esclarecimentos aos gerentes e equipes.

Na opinião de Renato, os novos gerentes precisam dominar três habilidades essenciais para ter sucesso em suas funções.

1️⃣ Saber o tipo de equipe que lidera

Os gerentes de posto precisam entender se a equipe é composta especificamente de colaboradores individuais, se é problemática ou colaborativa. Depois disso, é necessário definir metas dependendo da composição da equipe.

“Por exemplo, uma equipe de luta de boxe e um time de futebol tem um tipo muito diferente de dinâmica de equipe”, afirma Renato. Ambas são equipes; só precisam ser gerenciadas de forma diferente”.

Alguns líderes de vendas definem metas de vendas para cada vendedor e oferecem incentivos financeiros correspondentes aos seus esforços individuais. Outros definem metas de vendas para a equipe e recompensam a equipe toda quando atingem a meta coletivamente. Nenhuma das abordagens são inerentemente mais eficazes, porém a abordagem de equipe leva à maior colaboração.

No início da pandemia, equipes compostas por colaboradores individuais se mostraram mais ágeis do que as equipes altamente colaborativas, pois já haviam estabelecido processos para trabalhar de forma independente, de se reunir como grupo e compartilhar informações. Equipes interdependentes que dependiam de interações face a face tiveram que estabelecer novas maneiras de colaboração.

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No entanto, equipes individualizadas também requerem atenção especial. Muitos gerentes de postos falham ao dizerem o que Renato chama de “metagols” ou as metas compartilhadas entre colaboradores individuais. Se os colaboradores individuais não veem seu trabalho no contexto das metas da empresa em nível abrangente, é fácil se ter conflitos. Além disso, pode ser um sinal de que o grupo … não é realmente uma equipe.

Renato se lembra de um gerente encarregado de coordenar três grupos para que trabalhassem juntos em um projeto. Depois de muita resistência por parte dos grupos, o gerente percebeu que não lhes eram possível definir um objetivo comum, o que levou a uma conversa séria onde todas as partes chegaram à conclusão de que não havia um objetivo comum.

“No final, os grupos precisaram agir de forma independente quanto a três objetivos diferentes”, diz Renato.

“Eles eram, na verdade, três times distintos. Somos treinados a pensar ‘uma organização, um objetivo’, mas isso nem sempre é assim”.

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2️⃣ Saber como estabelecer metas claras

A promoção de colaborador individual para gerente geralmente se dá com uma chacoalhada quanto à realidade: gerenciar equipes significa lidar com dinâmicas interpessoais difíceis, de questões de confiança a conflitos de personalidade e ambições concorrentes.

“Muitos gerentes confundem esses conflitos com choques de personalidade”, diz Renato. “Entretanto, na maioria das vezes, o que parece ser um problema de relacionamento – pessoas que culpam umas às outras, péssima dinâmica de grupo durante as reuniões – é o resultado da falta de esclarecimento sobre os objetivos da equipe por parte dos gerentes”.

Os gerentes também devem garantir que os membros da equipe entendam o processo pelo qual devem usar para atingir as metas – e especialmente quais membros da equipe têm autonomia para tomar determinadas decisões. Ao estipular claramente os membros da equipe cuja alçada é decidir sobre um curso de ação com antecedência, os gerentes evitam divergências.

Digamos, por exemplo, que dois membros da equipe estão encarregados da iniciativa de vendas de produtos automotivos. Se ambas as pessoas acreditam ter o direito de tomar decisões sobre o preço da promoção, foi criada uma situação pelo gerente que facilita o surgimento de conflito. Esclarecer quem tem o “direito a decisão” reduzirá a probabilidade de conflito.

Renato enfatiza que esse alinhamento é especialmente importante quando há mudanças nos objetivos da equipe. Os gerentes devem informar de forma explícita o que mudou e como as mudanças afetarão a equipe e os seus integrantes.

“As equipes aprenderam a lição ao enfrentarmos a Covid”, afirma Renato. “Problemas de fluxo de clientes levaram a mudanças nos objetivos. Isso, por sua vez, levou a mudanças nos processos de trabalho e nas expectativas de desempenho da equipe”.

Por exemplo, se uma meta de receita passar de R$ 100 mil para R$ 80 mil, o gerente pode dizer: “temos uma nova meta. Vamos conversar como grupo sobre como alcançá-la e que papéis todos desempenharão para que esse objetivo seja alcançado”.

Depois de as metas em fluxo e os processos de trabalho serem revistos, os gerentes da linha de frente precisam identificar todos os fatores de estresse que possam surgir e atrapalhar a dinâmica da equipe.

3️⃣ As equipes também precisam de feedback

Por mais normal que seja para gerentes definirem metas claras e apropriadas para os membros da equipe, esses mesmos gerentes frequentemente deixam de dar feedback regular e claro para a equipe como um grupo. Esta é uma oportunidade não utilizada de se garantir e promover objetivos mais amplos da empresa – e de treinar a equipe sobre como atingir tais objetivos.

Renato recomenda reunir os membros da equipe a cada três meses para dar feedback sobre todas as áreas, incluindo como está o progresso rumo a seus objetivos, como estão lidando com as mudanças nos processos de trabalho ou como poderiam ter colaborado melhor com os resultados.

“Quando gerenciava equipes de postos, usava esses momentos para permitir que os membros da equipe compartilhassem seus comentários sobre o desempenho da equipe e também dessem feedback sobre a minha gestão da equipe”, diz Renato. “Os mesmos parâmetros de um bom feedback se aplicam tanto a grupos quanto a indivíduos: seja claro, conciso e específico nos comentários. E não se esqueça de dar exemplos e planos de melhoria”.

A incorporação do feedback da equipe nas rotinas da equipe é uma maneira direta de os gerentes melhorarem sua eficácia e manterem as equipes engajadas. Em uma época de alta rotatividade de funcionários, manter a equipe em sintonia pode ajudar a evitar as frustrações que podem fazer com que as pessoas peçam demissão.

“Os gerentes da linha de frente são os soldados rasos da gestão de talentos nas organizações”, afirma Renato. “Obter êxito na gestão da equipe beneficia os funcionários e também a organização como um todo”.

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