No mês de fevereiro de 2019 houve uma revisão da NBR que trata sobre os requisitos construtivos e de desempenho do Bico de Abastecimento.

Conheça quais são os ensaios a serem executados em bico de abastecimento automático que estão acoplados à unidade abastecedora (bomba medidora), usado para abastecer tanques de veículos automotores com combustíveis líquidos de acordo com a  NBR 15474 de 02/2019.

O Bico automático para uso em unidade abastecedora de combustível em veículos automotores

Os requisitos construtivos e de desempenho especifica os requisitos construtivos e de desempenho, e os ensaios do bico de abastecimento automático a ser acoplado à unidade abastecedora (bomba medidora), usado para abastecer tanques de veículos automotores com combustíveis líquidos, exceto aeronaves, com vazão de até 200 L/min e à temperatura ambiente de – 29 °C a + 52 °C, com pressão mínima de operação de 350 kPa (50 psi).

Essa norma não é aplicável aos equipamentos para abastecimento com ARLA 32, gás liquefeito de petróleo, gás natural veicular comprimido ou quaisquer outros combustíveis gasosos. Para os bicos destinados ao abastecimento com ARLA 32, considerar a NBR ISO 22241-4.

O bico deve ser construído de forma que seja permitida a continuidade elétrica entre as extremidades e deve ser ensaiado conforme procedimento descrito na Seção 18. O bico para sistema sem recuperação de vapor deve possuir conexão com o acoplador da mangueira, conforme a seguir: rosca fêmea – 3/4” NPT, para vazão ≤ 80 L/min; rosca fêmea – 1” NPT, para vazão > 80 L/min e ≤ 200 L/min.

O bico para sistema com recuperação de vapor deve possuir conexão com o acoplador da mangueira com rosca fêmea de 1-1/4” – 18 -SAE, M34-1,5 mm ou 1”-11,5 NPT. As conexões entre bicos, acessórios e mangueiras coaxiais devem ter dimensões conforme a figura abaixo.


Todas as conexões devem ser projetadas para conectar nos acessórios, de modo a formar um conjunto estanque.

Os bicos devem ser classificados como tipo l e tipo II, para sistemas com e sem recuperação de vapor, conforme a tabela abaixo.O bico deve possuir obrigatoriamente os componentes citados na norma. O bico deve possuir diafragma para acionamento do fechamento automático e deve ser protegido contra danos. Partes metálicas que entrem em contato com o diafragma não podem possuir bordas afiadas, rebarbas, projeções, ou algo similar, que possam causar atrito ou abrasão do diafragma.

A mola deve ser guiada e posicionada de modo a minimizar a flambagem ou a interferência em seu movimento livre. As faces das extremidades da mola devem ser planas. Já os mecanismos operacionais ou os elementos de fixação utilizados para unir partes operacionais aos elementos móveis devem ser travados para impedir seu afrouxamento.

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O mecanismo de acionamento manual do bico deve proporcionar livre movimento de todas as partes. O bico deve possuir alavanca, que deve ser acionada manualmente. O bico deve possuir guarda que impeça o acionamento acidental da sua alavanca e deve ter resistência mecânica conforme a Seção 9.

O bico deve possuir mecanismo de trava (escala), para manter a alavanca acionada. A escala deve possuir no mínimo duas posições de travamento da alavanca para selecionar a vazão de abastecimento. Em condição normal de operação, a escala deve permitir o destravamento manual da alavanca.

O bico deve ser dotado de mecanismo de desativação automático, acionado pela falta de pressão na mangueira, impedindo um novo fluxo de combustível no caso de a unidade abastecedora ser religada e sem que a alavanca tenha sido rearmada manualmente.

O bico deve ser equipado com uma ponteira, com dimensões conforme a tabela acima. A ponteira deve possuir válvula que restrinja a saída de produto com a bomba desligada. A ponteira deve possuir sensor para acionamento do mecanismo de fechamento, automático quando atingido o nível de abastecimento no tanque do veículo. O posicionamento deste sensor deve ser conforme a tabela acima.

Os componentes fundidos, moldados em areia, submetidos à pressão, devem possuir espessura mínima de parede conforme a UL 2586. Os materiais usados na construção do bico devem ter composições químicas e dimensões estáveis e ser compatíveis com os combustíveis automotivos, sob condições de trabalho estabelecidas nesta norma.

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Os materiais sujeitos a contato com combustíveis, nas fases vapor e líquido, devem ser resistentes à ação do combustível, se a degradação de material resultar em vazamento ou falha de funcionamento do bico.

A conformidade deve ser comprovada pelos ensaios previstos nesta norma. Os materiais usados na construção do bico devem ser não centelhantes e manter a continuidade elétrica em todo o bico.

As superfícies e mecanismos do bico que, em operação normal, tenham contato com o usuário devem ser tais que não apresentem riscos à sua segurança. Quanto ao desempenho do bico, exceto se indicado em contrário, amostras representativas de cada tipo de bico devem ser submetidas aos ensaios descritos nesta norma.

As amostras adicionais de peças feitas de materiais não metálicos, como materiais de vedação e discos da sede de válvulas, devem ser fornecidas como requerido nesta norma, para ensaios físicos e químicos. Os ensaios de vazamento de bicos devem ser realizados utilizando uma fonte de pressão pneumática. Quando observado vazamento, devem ser executados ensaios hidrostáticos com querosene ou com solvente que possua um valor Kauri Butanol de 44.

Para o ensaio de produção, para verificar a conformidade com os requisitos desta Seção, o fabricante deve fornecer os controles de produção, inspeção e ensaios necessários. O programa deve incluir pelo menos o seguinte: ensaio de vazamento de assento (conforme a Seção 11) e ensaio de vazamento externo (conforme a Seção 10), para cada válvula montada, a uma pressão pneumática não menor que a pressão de operação ou a uma pressão hidrostática não menor do que 1,5 vezes a pressão de operação.

O ensaio de vazamento externo (conforme a Seção 10) para cada válvula montada, a uma pressão pneumática entre 5 psi e 10 psi e o ensaio de operação (conforme a Seção 13) das partes e dispositivos automáticos. O ensaio de operação do mecanismo de desativação automático (no pressure no flow) (conforme 13.5), sendo os bicos ensaiados em todas as posições da escala, conforme 13.4.

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O ensaio de operação do mecanismo de fechamento automático, sendo os bicos devem ser ensaiados em todas as posições da escala. O líquido de ensaio deve ter densidade específica inferior a 1 kg/L (como querosene e solventes minerais) e deve ser vertido pelo bico. Devem ser estabelecidas as condições de ensaio na posição de alta vazão, fixada no máximo em 19 L/min (5 GPM) ou à pressão do fluxo estabelecida em no máximo 55 kPa (8 psi).

O mecanismo de fechamento automático deve fechar de forma fiável em cada posição da escala. Cada bico deve ser acompanhado pelo manual de instalação e operação do fabricante, que deve proporcionar as indicações e informações para a instalação, manutenção e utilização adequadas do bico. Estas informações devem incluir o método de fixação na mangueira e recomendações de manutenção periódica.

Fonte: Revista Adnormas


 

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