As vendas de diesel por distribuidoras no Brasil cresceram 16,6% em março, ante um ano antes, e atingiram um recorde para o terceiro mês do ano, apontaram dados da ANP, diante de uma demanda firme do agronegócio.

O volume comercializado de diesel –combustível mais consumido do Brasil– somou 5,5 bilhões de litros em março, ante 4,7 bilhões de litros no mesmo período de 2020.

Na comparação com outros meses, o montante é o maior desde outubro de 2020, segundo a série histórica da autarquia.

“O atraso da safra gigante responde muito sobre isso, acabou encavalando uma boa parte da colheita em um curto intervalo”, disse à Reuters o chefe da área de óleo e gás da StoneX, Thadeu Silva.

O forte volume afeta uma alta de 5,2% das vendas de diesel pelas distribuidoras no primeiro trimestre, para 14,4 bilhões de litros, apesar de recuo na comercialização observada em fevereiro.

Anteriormente, uma Petrobras havia publicado esforços comerciais e operacionais para mitigar efeitos da pandemia e atender à forte demanda de março. Segundo a petroleira, suas vendas às distribuidoras cresceram 35% mês versus um ano antes.

OUTROS COMBUSTÍVEIS

Com impulso do diesel e avanço também das vendas de gasolina e etanol, como vendas totais de distribuidores por distribuidoras somaram 11,5 bilhões de litros em março, alta de 8% ante o mesmo mês de 2020.

No trimestre, em contrapartida, as vendas de todos os derivados caíram levemente 0,4%.

As vendas de gasolina por distribuidoras cresceram 4,5% em março, para 2,8 bilhões de litros. Já como vendas de etanol hidratado, seu concorrente nas bombas, subiram 5%, para 1,55 bilhão de litros.

As vendas de gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, em contrapartida, caíram 1,25% em março.


Valor da gasolina nos postos avança pelo 11º mês seguido, diz ValeCard

O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis do Brasil avançou pelo 11º mês consecutivo em abril, embora tenha desacelerado o ritmo de alta na comparação com o mês anterior, afirmou a ValeCard nesta sexta-feira (30).

De acordo com levantamento da companhia, que atua na área de soluções para gestão de frotas, o valor médio do combustível registrou aumento de 0,18% em abril ante março, atingindo R$ 5,737 por litro.

“Desta vez, a oscilação foi bem menor do que a verificada no mês anterior, quando o valor saltou 10,94% em relação a fevereiro”, disse em nota a ValeCard, cuja pesquisa tem como base transações realizadas com seu cartão de abastecimento em 25 mil estabelecimentos credenciados.

“As maiores altas foram registradas em Amazonas (2,91%) e Acre (1,53%). Por outro lado, 10 Estados registraram queda do preço médio do combustível. As maiores reduções ocorreram em Santa Catarina (-3,07%) e na Bahia (-2,96%)”, acrescentou.

A ValeCard disse ainda que em quatro Estados do país –Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo– é vantajoso o abastecimento com etanol, uma vez que nesses locais o litro do biocombustível custa 70% (ou menos) do que o litro da gasolina.

Conforme os números da companhia, a última vez em que o Brasil registrou uma queda mensal no valor médio da gasolina foi em maio do ano passado, em período marcado pelas restrições impostas em função da primeira onda da pandemia de Covid-19.

Na ocasião, a cotação do combustível atingiu uma mínima de R$ 4,01 por litro. Desde então, porém, engatou 11 altas consecutivas, acumulando ganhos de 43%, segundo a ValeCard.

Considerando apenas os quatro primeiros meses de 2021, o preço médio da gasolina registra salto de 21% em relação a dezembro de 2020.

Nesta sexta-feira, a Petrobras anunciou que reduzirá o preço do combustível em suas refinarias em 2% a partir de sábado, para média de 2,59 reais por litro, no primeiro reajuste praticado após a posse do general Joaquim Silva e Luna na presidência da estatal.

Luna foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga antes ocupada por Roberto Castello Branco justamente após atritos do mandatário brasileiro com o executivo da petroleira devido à política de preços de combustíveis da companhia, que leva em conta fatores como o preço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar.

Mesmo com o corte anunciado nesta sexta, a cotação da gasolina nas refinarias da Petrobras ainda acumula alta de 40,7% até o momento em 2021.


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