A fiscalização da ANP garante qualidade do produto

O aumento de impostos sobre combustíveis no começo de fevereiro afetou diretamente o bolso dos motoristas brasileiros. De acordo com o decreto publicado pelo governo federal, o impacto seria de R$ 0,22 por litro de gasolina, mas, em Florianópolis, o reajuste ultrapassou R$ 0,30 em muitos postos. Segundo dados coletados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no dia 25 do mês passado, o preço médio da gasolina na Capital chegou a R$ 3,362 – levemente acima das médias nacional (R$ 3,301) e estadual (R$ 3,326).

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Os valores assustam quem costumava pagar cerca de R$ 2,90 por litro até janeiro, por isso o jeito foi encontrar alternativas para diminuir os gastos com combustíveis. Quem antes abastecia o veículo apenas em postos “bandeirados” (BR, Ipiranga, Shell, Ale, etc.), agora aposta em estabelecimentos com bandeira branca. “O aumento foi um absurdo. Antes, eu sempre olhava se o posto tinha bandeira, mas, agora, vou ao mais barato mesmo”, disse Rodrigo Severo, 37, representante comercial de Balneário Camboriú, que vem a Florianópolis com frequência.

Assim como Severo, muitos motoristas fizeram essa escolha, fato que se reflete na procura por postos com preços mais acessíveis. “Temos três bombas, com seis bicos cada, e atendemos mais de mil carros por dia”, contou Eduardo Carioni, 45, sócio-proprietário do posto SC, no Centro, que cobra R$ 3,09 por litro de gasolina. De acordo com o empresário, só é possível manter o preço abaixo da média com um bom planejamento. “Temos facilidades porque sempre pagamos antecipadamente um mês de combustível. Outra diferença são os custos, já que não pagamos royalties às marcas, nem a manutenção de uma loja de conveniência, e temos nosso próprio caminhão”, afirmou.

O posto SC foi construído pela família Carioni há 47 anos e manteve bandeira Ipiranga por 29 anos, até 1995, quando a abertura do mercado de combustível proposta pelo governo do ex-presidente Fernando Collor permitiu a mudança. O empresário afirma que este foi o primeiro posto sem bandeira em Florianópolis e garante que a qualidade da gasolina sempre foi confiável. “O combustível é recolhido, geralmente, na base da Petrobrás em Biguaçu. Eventualmente, como na última semana, por conta da crise com os caminhoneiros, pegamos na base de Itajaí”, disse.

A diferença entre postos com e sem bandeiras

Não é só no preço da gasolina que os postos se diferem. Quando o estabelecimento é bandeirado, há exposição da marca comercial indicando a origem e a exclusividade do produto. Ou seja, se você está acostumado a abastecer o veículo em um posto com determinada bandeira, em qualquer outro posto com a mesma marca irá encontrar o mesmo combustível.

Já nos postos do tipo bandeira branca, não há vínculo de exclusividade, de forma que a compra de combustíveis pode ser feita com qualquer distribuidora, baseado em preço e qualidade. Como não informam de forma ostensiva a marca do combustível, os postos sem bandeiras são obrigados pela ANP a exibir a marca do fornecedor nas bombas. Muitos consumidores desconfiam da qualidade da gasolina, mas a fiscalização do órgão, realizada em 127 postos da Grande Florianópolis durante o mês de janeiro, não encontrou irregularidades em nenhum posto.

Além da liberdade de escolha na hora de procurar fornecedores, os locais sem bandeiras conseguem manter os preços baixos porque, geralmente, aceitam apenas dinheiro ou cheque como forma de pagamento, já que as operadoras de cartões bancários cobram taxas pelo serviço. Procurado pela reportagem para comentar a alta dos combustíveis, o Sindicato de Revendedores Varejistas de Combustíveis da Grande Florianópolis, afirmou, por meio de porta-voz, que uma convenção sindical impede declarações sobre o tema.

Alta procura aumenta trabalho de frentistas

Há um ano e um mês no Brasil, Feneo Hernane, 33, deixou Veret, no Haiti, para tentar a sorte na capital catarinense. Pouco depois de chegar à Ilha, conseguiu um emprego no posto J. Cristóvão, no Centro, o local com a gasolina mais barata em todo o estado, segundo a ANP: R$ 2,970. O expediente entre 7h e 15h20 sempre foi movimentado para Hernane, mas, no último mês, o trabalho aumentou consideravelmente. “Já não sei mais quantos (clientes) atendo. Com esse movimento, a gente perde a conta”, afirmou.

Um dos motoristas atendidos pelo haitiano foi Clenilcio Sagaz, 33, morador do Rio Vermelho, onde trabalha como açougueiro. “Antes, eu colocava um pouco de gasolina por lá (Rio Vermelho), mas enchia o tanque aqui. Agora, só abasteço aqui mesmo. Eu me programo para encher o tanque quando venho para o Centro. Lá a gasolina está R$ 3,50”, contou Sagaz. Depois de mais de meia hora na fila para abastecer o carro, o açougueiro fez questão de ir até o limite. “Vai chacoalhando (o carro), para (o combustível) entrar no tanque reserva”, indicou o motorista, que gastou R$ 150 para colocar 50,5 litros de gasolina no automóvel.

Fonte: http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/bandeira-branca

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