A BR Distribuidora apurou lucro líquido de R$ 1,34 bilhão no terceiro trimestre de 2019. O resultado foi 23,9% superior ao apurado em igual período do ano passado.

Segundo a empresa, o resultado foi impactado positivamente pela antecipação dos recebíveis da Amazonas Energia (de R$ 1,446 bilhão), realizada no terceiro trimestre deste ano. De acordo com a empresa, esse fator gerou um “efeito positivo no lucro líquido de R$ 940 milhões”.

A receita líquida da companhia no terceiro trimestre somou R$ 24,360 bilhões, com queda 7,9% em relação a igual período de 2018. Na mesma comparação, o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 22,2%, para R$ 771 milhões.

A companhia registrou dívida líquida de R$ 2,311 bilhões no período. O número é 45,4% inferior ao reportado em igual período de 2018 (R$ 4,232 bilhões). Com isso, o nível de endividamento da empresa, medido pela dívida líquida sobre o Ebitda ajustado, recuou de 1,5 vez no terceiro trimestre de 2018 para 0,8 vez no período de julho a setembro deste ano.

Vendas

O volume total de vendas da BR de julho a setembro somou 10,487 bilhões de litros, com queda de 4,4% em relação ao terceiro trimestre de 2018. Segundo a empresa, a queda foi motivada pela redução nas vendas de diesel não térmico, decorrente do acirramento da competitividade tanto nos segmentos de postos de combustíveis quanto em grandes consumidores, além da não ocorrência de despacho pelas térmicas clientes da companhia.

A rede de postos da BR Distribuidora apresentou volume de vendas de 5,754 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2019, com alta de 0,8% ante igual período do ano passado. Segundo a empresa, o crescimento ocorreu em razão de maiores volumes de vendas no ciclo otto, parcialmente compensadas pela menor comercialização de diesel.

Em relação ao segundo trimestre deste ano, a BR Distribuidora observou uma queda de 0,4 ponto percentual da participação de mercado na rede de postos, “especialmente em razão do reposicionamento de margens no diesel e no etanol”.

Já o volume de vendas para o mercado de grandes consumidores da BR Distribuidora somou 2,528 bilhões de litros de julho a setembro, com queda de 14,5% em relação a igual período do ano passado.

Segundo a empresa, a queda foi motivada pela revisão do posicionamento no fornecimento de óleo diesel para o segmento dos transportadores revendedores retalhistas e também da não ocorrência de despacho pelas térmicas que consomem diesel e óleo combustível.

Quase na mesma proporção da queda das vendas, a receita líquida ajustada do segmento recuou 15,7% na mesma comparação, para R$ 6,302 bilhões.

Aviação

O volume de vendas de combustíveis da BR Distribuidora para o mercado de aviação recuou 10,3% no terceiro trimestre, em relação a igual período do ano anterior, para 916 milhões de litros. Segundo a empresa, a queda reflete a saída de um cliente do portfólio da companhia, ocorrida no primeiro trimestre, além de um menor nível de atividade das empresas áreas.

A queda do volume de vendas e os menores preços médios de comercialização influenciaram a redução de 16,2% da receita líquida ajustada do segmento na mesma comparação, para R$ 2,256 bilhões.

Já o volume de vendas da BR Distribuidora para o segmento de mercados especiais (coque, produtos químicos, energia e asfaltos) apresentou alta de 0,7% no terceiro trimestre, ante igual período de 2018, para 1,290 bilhão de litros. Segundo a empresa, o incremento se deve a uma maior demanda por coque verde de petróleo e lubrificantes no período.

Apesar do aumento das vendas, a receita líquida ajustada do segmento recuou 2,7% na mesma comparação, para R$ 1,642 bilhão. A queda foi motivada por menores preços médios de venda.

Fonte: Valor Econômico

O presidente da BR Distribuidora, Rafael Salvador Grisolia, defendeu a atuação da empresa na busca por maior rentabilidade por meio de sua política de preço. A técnica, entretanto, trouxe uma queda do marketing share da companhia no terceiro trimestre. O executivo afirmou que a empresa não busca sacrificar o seu marketing share para ter margens, mas que quer conquistar os dois com uma política acertada.

“A gente quer marketing share e margem. Não é para escolher um ou outro”, afirmou Grisolia, durante conferência com analistas, nesta terça-feira. “A gente não tem nenhuma estratégia de redução de marketing share”, acrescentou.

O executivo afirmou que a empresa tem avançado cada vez mais na suas iniciativas para melhorar a rentabilidade da BR. O objetivo, segundo Grisolia é alcançar ou até ultrapassar seus principais pares, que, segundo o executivo, têm margens na casa dos R$ 100/m3.

De acordo com o executivo, as movimentações no market share no trimestre foram “ajustes naturais” diante da nova política de preço.

A estratégia da BR Distribuidora de elevar suas vendas está surtindo efeito no terceiro trimestre deste ano. A companhia apresentou volume de vendas na rede de postos 0,8% maior na comparação com o terceiro trimestre de 2018, para 5,754 milhões de metros cúbicos.

Ante os três meses imediatamente anteriores, o resultado apresenta crescimento de 3,4%. A empresa, entretanto, perdeu 0,4 ponto porcentual no market share na comparação trimestral, em razão do seu reposicionamento de margens no diesel e no etanol.

Fonte: IstoÉ

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