Caro leitores, mudanças ocorrem frequentemente em nosso segmento de conveniência. Todos os holofotes do varejo estão focados para a o canal. Tendo isto em vista, eu, Chef Borba, decidi abordar esse tema para tentarmos entender como fica o valuation da loja, ou seja, como quantificar nosso Biz.  Quanto ele vale?

Com as mudanças constantes no segmento e novas tendências surgindo, tal fator é de suma importância. Quantos empreendedores pagariam por essa belezinha dentro do seu posto? Já me deparei com revendedores fazendo a mesma pergunta.

Eu mesmo já tive momentos, em postos próprios na época, que não conseguia vendê-los, pois não se chegava a um acordo comercial de quanto se acreditava que valiam posto e loja.

Não aceitei um cálculo ultrapassado, que a maioria de corretores do mercado de combustível utilizavam, 10 x 1 ,7 x 1 etc. A loja tinha um faturamento fantástico e seu retorno estava fora da curva do mercado.

A loja de conveniência se destaca de outros comércios que vendem food, em razão do retalhismo do combustível.

Com tráfego de carros e pessoas, a qualidade do ponto comercial é com certeza um grande diferencial, principalmente em razão da disponibilidade de estacionamento. Ter vaga para o cliente, nos dias de hoje, significa dinheiro no bolso.

Atualmente, vejo um canal dividido entre uma revenda que gosta e tem vocação para o negócio de conveniência e outra que opera a loja por pura obrigação devido a um contrato firmado.  Ou aquele revendedor que prefere terceirizar, ou vender seu negócio de conveniência apenas para se perpetuar no segmento de combustível por ser tratar uma operação mais “fácil”.

Portanto separei algumas dicas, que julgo fundamentais, para estabelecer um parâmetro de cálculo e assim ajudar aos novos empreendedores do segmento de conveniência e também aos proprietários de postos.

Para esta árdua tarefa, convidei, em entrevista exclusiva à Brasil Postos, Ricardo Lourenço, sócio proprietário da Fielder Consultoria de compra e venda de postos.

Ricardo iniciou sua carreira na Texaco, na década de 90, como assessor comercial.

Percorreu grandes distribuidoras (Repsol, YPF, Guinle, Dine, Ruff e FIC) em cargos de liderança. Durante sua carreira, com mais de vinte anos no segmento petróleo, adquiriu grande bagagem em seu currículo. Ele ainda montou e tocou uma rede própria de lojas de conveniência. Hoje, presta um serviço ímpar na área comercial, dando total suporte para seus clientes “calça branca”, ou mesmo, renomados revendedores.

Ricardo acredita que o mais importantes para fazer a valuation da loja, e o que a difere, é a lucratividade de um ponto para o outro. Além dessa, utiliza outros critérios como a composição das vendas da loja (venda de cigarros e venda de outros produtos).

Muitas lojas tem seu faturamento elevado, porém quando é analisado a fundo verifica-se que quase 60% do faturamento é de cigarro com uma margem fictícia que derruba o valuation.

Ricardo também afirma que o markup, que define o preço de venda final, também é requisito para a análise do valor do fundo de comércio. Lojas com potencial de crescimento e oportunidades de melhoria do negócio ajudam a alavancar o valor para cima.

A questão do que foi investido em equipamentos, acabamento e qualidade da loja não ficam fora na hora de quantificar.

Lojas sem contratos amarrados tendem valer mais por não pagarem royalties ou fee.

Durante o longo bate-papo, fiquei muito animado ao ver que meus pensamentos e ideias iam de encontro ao que Ricardo dizia. Sempre defendi a tese que cada negócio tem sua particularidade e o seu valor.

Podemos ver em outros países grandes redes de lojas de conveniência totalmente independentes de seus postos. Acredito que o Brasil caminha para este perfil, porém a pequenos passos. Falta regulamentação na distinção entre posto e loja. E há muitos contratos irregulares e não tão formais, que acabam prejudicando ambas as partes.

Ricardo ainda sugere abertura de um novo CNPJ para o locador, ou até mesmo para o novo proprietário da loja. Tudo deve estar bem amarrado juridicamente para evitar transtornos futuros.

Um grande abraço do Chef Borba

 E para acompanhar esse calor do Verão, uma sugestão de salada rápida, que vai agradar a todos!

 Tabule com Castanhas do Pará

 1/2 xícara (chá) de trigo fino para quibe

1 xícara de tomate cereja partidos ao meio

½ cebola roxa picada

1 maço de folhas de salsinha picadas

3/4 xícara chá de folhas de hortelã frescas picadas

Caldo de 1 limão siciliano

1/4 de xícara chá de azeite

1 xícara chá de rabanete em rodelas

2 colheres de sopa castanha do Pará

 Modo de preparo:

 Após hidratar o trigo e secá-lo bem, coloque em um bowl. Acrescente a salsinha picada, os tomates cerejas e o rabanete em rodelas.

Com a ponta da faca pique rapidamente as folhas de hortelã separadas do caule e salpique sobre os outros ingredientes.

Tempere o tabule com o suco do limão siciliano, azeite, sal e pimenta-do-reino a gosto. Mexa tudo muito bem.Com ajuda de uma faca triture as castanhas do Pará e disponha sobre o tabule na hora de servir. Bon appétit!

 Dica do Chef: ingredientes frescos fazem a diferença e dão crocancia ao prato. Deixe para temperar na hora de servir.

Se você se interessa por informações do segmento de loja de conveniência acesse a Categoria Loja de Conveniência do Blog Brasil Postos.

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Luiz Fernando Monteiro Borba, ou melhor, Chef Borba, iniciou sua trajetória profissional no segmento de petróleo, por aproximadamente 20 anos, em companhia de seu pai. Possui formação em gastronomia e diversos cursos na área alimentícia e atua como Consultant Retaing para lojas de conveniência. Partiu para a criação de sua marca Sinerfood com o objetivo de levar profissionalização na criação de lojas, bares, restaurantes e padarias; observando às novas tendências de gastronomia, mercadologia, melhoria de processos e resultados. Sob a marca Sinerfood possui, ainda, a primeira temakeria estabelecida no mundo Yoi - Rolls & Temaki. Dados para Contato: (11) 9 5577-4095 | [email protected]

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