Donos de postos de gasolina já deixam dinheiro com frentistas destinado aos bandidos para evitar mortes e espancamento
Fonte: acritica.uol.com.b
JOANA QUEIROZ
Três postos de gasolina e uma farmácia, localizados na Zona Oeste e Centro-Oeste, foram alvos de assaltantes na madrugada de sexta-feira (3). Os proprietários dos estabelecimentos destacaram a ausência da polícia nesses locais e a ousadia dos ladrões na execução dos assaltos. Nos postos, para evitar que os frentistas sejam agredidos e até mortos pelos ladrões, a orientação é que eles sempre tenham no bolso uma quantia de dinheiro para dar aos ladrões. “Eles chegam a posar com as armas para as câmeras de segurança”, disse João Carlos Gonçalves, 36, frentista de um dos postos assaltados.
Um dos assaltos aconteceu às 22h55. Dois homens armados assaltaram o posto de gasolina 3.000, localizado na avenida Coronel Teixeira. Segundo a gerente do estabelecimento, Jordana Bentes, 29, os ladrões chegaram em uma motocicleta de cor preta e placas não identificadas e pediram para abastecer.
Segundo Jordana, os ladrões estavam de capacete e anunciaram o assalto. Eles renderam os dois frentistas, pegaram a renda que estava com eles, foram até à conveniência, pegaram a renda e roubaram também os clientes. Jordana disse que o posto já foi assaltado 12 vezes, na maioria, à noite.
Na mesma avenida, um outro posto foi assaltado por volta das 4h por dois homens que chegaram ao local em um Corsa Sedan, de cor prata e placa não identificada. Eles anunciaram o assalto ainda na pista de abastecimento, onde renderam os frentistas e depois foram para a loja de conveniência, de onde levaram aproximadamente R$ 500, dois litros de Martini e maços de cigarro.
Na avenida Brasil, bairro da Compensa, Zona Oeste, um outro posto de gasolina foi vítima dos ladrões. Segundo a proprietária, identificada apenas como Kelly, já aconteceram dez assaltos no local.
No último, os ladrões renderam os frentistas e levaram toda renda. “Aqui os assaltos acontecem toda hora. Já levaram de R$ 300 a R$ 1 mil. A gente tenta diminuir o prejuízo deixando pouco dinheiro com o frentista, mas sempre tem que deixar ‘o do ladrão’, senão eles ficam nervosos e ameaçam bater e até matar”, disse o frentista João Carlos.
Segundo os empresários, já morreram muitos frentistas e outros ficaram deficientes, o que tem espalhado medo entre a categoria.
Donos não registram mais ocorrências
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis (Sindicam), Luís Felipe Moura Pinto, disse que diariamente no mínimo dois postos de gasolina são assaltados. Os proprietário, segundo ele, já nem registram mais os assaltos. Para eles é perda de tempo. “A gente perde uma manhã fazendo o Boletim de Ocorrência (BO) e não temos nenhuma resposta”, disse.
O sindicalista disse ainda que atualmente os donos de postos estão tendo dificuldades para contratar frentistas para trabalhar no período noturno. Os patrões estão disponibilizando R$ 60 para “dar aos ladrões”, mas o sindicato dos frentistas alega a violência continua, uma vez que os bandidos acham muito pouco.
Moura Pinto, que esta há dez anos no Sindicam, diz que sempre procurou as autoridades de segurança, fez reuniões solicitando ações repressivas, mas que na prática, nada é feito.
Bandidos assaltam drogaria e fogem
A drogaria Santo Remédio, localizada na avenida J, bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste, foi assaltada por dois homens ainda não identificados. Um deles tinha o cabelo estilo moicano e tatuagens pelo corpo, segundo a polícia.
Os dois bandidos renderam os funcionários e levaram todo o dinheiro do caixa. A Polícia Militar foi chamada e não conseguiu prender os ladrões. Para as vítimas, a ausência da polícia incentiva os ladrões assaltarem.

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