Medida afeta gás de cozinha encanado e o vendido em postos de combustíveis para carros

A Petrobras anunciou a criação de novas modalidades comerciais para a venda de gás natural para as distribuidoras estaduais, como a Naturgy (ex-Ceg, no Rio) e Comgás (em São Paulo).

 

A estatal disse que vai criar para as distribuidoras “um novo mecanismo” de preço, estabelecendo que quanto maior o volume demandado, menor será o custo de aquisição. Esse novo critério pode permitir uma redução adicional de até 10% nos valores da molécula de gás que são cobrados hoje pela estatal.

Procurada, a estatal explicou disse que se dispositivo a ser negociado e incorporado nos contratos vigentes com as companhias distribuidoras de gás, que, em resumo, estabelece que quanto maior o volume demandado, menor será o custo de aquisição pelas distribuidoras.

O preço menor vai depender do tipo de produto, da quantidade e ponto de entrega. De acordo com fontes, as mudanças na Petrobras tem como objetivo ficar mais competitivo em relação ao GNL (gás em estado líquido), que está caindo de preço no mercado internacional. “É um ajuste para continuar competitivo para as empresas do país”, disse uma fonte do setor.

Analistas de mercado e fontes do setor acreditam que a Petrobras vai na prática ampliar o leque de opções de venda de gás às empresas. Atualmente, a estatal oferece às distribuidoras de gás contratos de 5, 7, 9 e 11 anos, lembra Bruno Armbrust, da ARM consultoria.

Assim, quanto mais longo o contrato menor é o valor da molécula de gás que é cobrado pela estatal. Além disso, esses contratos passam por reajustes trimestrais para se adequar ao câmbio e ao preço do barril do petróleo. Há ainda um outro reajuste anual.

— É preciso conhecer os detalhes. De qualquer maneira, é uma boa sinalização a Petrobras baixar os preços. Embora não haja informações, as mudanças podem envolver prazo maior que 11 anos ou fornecimento não firme de menor prazo — explica Armbrust, lembrando que a estatal cobra pela molécula hoje de 11,9% a 14% do preço do barril do petróleo.

Outro especialista lembra que a estatal pode oferecer ainda preços menores em caso de aumento do volume contratado pela distribuidora de gás, por exemplo. Desde janeiro, a queda no preço da molécula vendida pela estatal às distribuidoras já chega a 25%. Para que a redução adicional de 10% chegue ao consumidor final, as distribuidoras precisam aderir às novas contratações.

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