Antes de tudo, este não é um artigo a favor e nem contra carros elétricos.

Esta é uma reflexão honesta sobre o que poucas pessoas falam sobre ter um veículo híbrido ou elétrico no Brasil. Se você pensa nessa possibilidade como uma forma de economizar com combustível ou manutenção, ou então por ser uma alternativa mais “limpa” e sustentável, continue essa leitura e tire suas próprias conclusões. 

  • Crescimento do mercado de veículos elétricos no Brasil

No primeiro trimestre de 2024, o Brasil registrou um aumento significativo no número de veículos eletrificados, com um total de 36.090 unidades, representando um crescimento de 145% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico ( ABVE).

Apesar do crescimento, persistem dúvidas sobre o uso e manutenção desses veículos, como o que fazer em caso de problemas na rua, como verificar o estado das baterias e os cuidados necessários para garantir sua durabilidade.

  • O que acontece se a bateria acabar?

Em caso de esgotamento da bateria, os carros elétricos podem ser empurrados para um seguro local, após destravar o câmbio e colocar um triângulo de segurança, seguindo as instruções do Manual do Proprietário.

E, não, a bateria não fica viciada, isso é coisa de celular antigo! Como as baterias de íon de lítio dos carros elétricos não têm o “efeito de memória” encontrado em baterias mais antigas, mesmo assim é importante garantir um equilíbrio na carga para uma vida útil prolongada.

  • Vida útil da bateria

A vida útil da bateria de um carro elétrico costuma ter uma garantia de oito anos, dependendo dos ciclos de recarga. Alguns modelos podem suportar mais de 3.000 ciclos, o que equivale a uma grande quilometragem.

Testes realizados mostram que mesmo após 160.000 km rodados, alguns veículos elétricos mantiveram 94% da capacidade original da bateria.

  • Manutenção e avaliação das baterias

Concessionárias e empresas independentes já oferecem análises das baterias, fornecendo informações sobre o estado e a necessidade de manutenção. Lembre-se que o modo de condução influencia a vida útil da bateria, sendo importante evitar acelerações e frenagens bruscas, além de considerar o tipo de recarga utilizado.

  • Cuidados com o armazenamento e uso

É recomendável deixar o carro elétrico parado por longos períodos com carga completa ou muito baixa, pois isso pode afetar a saúde das baterias.Caso o veículo precise ficar parado, é aconselhável mantê-lo com pouca carga e realizar recargas periódicas conforme recomendações do Manual do Proprietário.

Outra estratégia importante é evitar que a bateria permaneça por muito tempo com carga completa. Então, quem usa 20% da carga por dia não precisa recarregar o carro todos os dias, nem deve. A não ser que precise de mais autonomia no dia seguinte.

Também não se deve deixar a bateria com carga muito baixa. No caso dos BYD, os carros elétricos perdem a garantia se ficarem com carga abaixo dos 5% por mais de 14 dias. 

  • Segurança em situações específicas

Pode carregar o carro se estiver chovendo? Ou perto de crianças? Sim, o sistema é bastante seguro. Os cabos do carregador e os demais componentes são preparados para proteger o usuário de um choque elétrico e até resistem a um jato de água direcionado – e em qualquer condição meteorológica. 

  • Dá para consertar o conjunto de baterias?

Como as baterias têm níveis de desgaste distintos, até é possível fazer um rearranjo das células que melhore a performance do conjunto. Ou seja, se redistribui os componentes para equilibrar as forças e ganhar mais metade da vida útil das baterias, o que financeiramente já seria vantajoso – lembre-se que um banco novo de baterias pode custar mais que o preço do carro usado.

  • Carro elétrico pode ser rebocado?

O carro elétrico sem energia deve ser rebocado por prancha e pessoal especializado, sem que nenhuma das rodas do veículo toque o chão. Carros elétricos com tração nos dois eixos são comuns. Logo, também não se pode usar outro carro para puxar um carro elétrico por um longo percurso. O Neutro do seletor de marcha só serve para desconectar os freios para permitir que o veículo seja empurrado por alguns metros.

Há quem use outro carro para rebocar o carro elétrico para que o sistema de regeneração recarregue a bateria, mas os fabricantes não recomendam sob pena de sobrecarregar os sistemas do carro. Afinal, no uso normal a regeneração não atua por longos quilômetros com constância, mesmo em descidas de serra.

Os fabricantes também costumam proibir a instalação de reboques em carros elétricos, sob pena de perder a garantia.

E aí, baseado nas informações que compartilhamos aqui, você é um entusiasta desse tipo de veículo ou ainda prefere se manter nas alternativas a combustão, pelo menos por enquanto?

Esse tema lhe interessa? Assista ao vídeo

 

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