À medida que nos aproximamos da competição “Melhor Loja de Foodvenience do Mundo 2025”, é hora de revisitar os aprendizados de 2024 e entender o que eles nos dizem sobre o futuro.
Essa iniciativa global não é apenas sobre o vencedor; trata-se de uma poderosa oportunidade de troca de experiências e aprendizados para todo o setor. Uma chance única para varejistas do mundo inteiro realmente “verem” e “experimentarem” as inovações mais avançadas do setor por meio dos perfis online das lojas participantes.
Ao explorar os perfis desses varejistas excepcionais, identificamos temas comuns que impulsionam o sucesso no cenário em evolução do foodvenience. Esses aprendizados podem inspirar e capacitar as lideranças do varejo de conveniência global a elevar suas operações.
Confira os cinco principais insights da competição de 2024 que destacam a vitalidade e o alcance das tendências globais em foodvenience:
1. Foodvenience está em toda parte – e só cresce
O principal insight da competição de 2024 confirmou o que muitos já suspeitavam: o foodvenience é um fenômeno global em rápida expansão em todos os continentes. As inscrições, vindas de todas as partes do mundo, mostraram o crescimento notável desse segmento, especialmente em relação à sofisticação e ao tamanho das ofertas de alimentação nas lojas de conveniência.
Agora falamos de cozinhas completas, chefs profissionais e cardápios variados que rivalizam com redes de fast food tradicionais. As lojas não estão mais satisfeitas em apenas oferecer lanches rápidos — elas criam verdadeiras experiências gastronômicas.
Alguns exemplos:
- Rutter’s (EUA): menu “Made-for-You” com mais de 20 bilhões de combinações, lojas de 1.250 m² e operação 24/7.
- avec Valora (Suíça): “The Kitchen by avec” com refeições frescas e opções veganas/vegetarianas.
- Dash In (EUA): chamada de “Chick-fil-A dos Postos” com cozinha aberta e produtos artesanais.
- APCO (Austrália): café completo com wraps gourmet e refeições prontas.
- M&S Food Waterloo (Reino Unido): loja com 450 m², padaria, café e comida quente.
- Centra UCD (Irlanda): vendas fortes de pizza até 23h e saladas e sushis frescos.
- Lagardère 1Minute (Polônia): hot dogs icônicos e cozinha em formato de food truck.
- Applegreen Rathcoole (Irlanda): parcerias com M&S, Burger King e marcas próprias.
- Engen York (África do Sul): café próprio + produtos frescos da Woolworths.
- Galp Ajuda (Portugal): parceria com Padaria Portuguesa, com oferta 24h.
- OLA Energy (Quênia): Chicken Inn, Pizza Inn e Creamy Inn dentro da loja.
Essa expansão indica que a alimentação deixou de ser um serviço adicional e se tornou um pilar central do sucesso das lojas de conveniência modernas.

2. Pessoas são o coração de tudo
Você pode ter a melhor tecnologia e os alimentos mais frescos, mas sem as pessoas certas e operações impecáveis, nada disso se sustenta.
O principal aprendizado de todas as 32 lojas participantes foi o compromisso com suas equipes. As vencedoras investem pesado em capacitação e valorização de seus colaboradores.
Destaques:
- SPAR Merrion Row (Irlanda): promoção interna, programas de aprendizagem e treinamentos de varejo.
- Applegreen Rathcoole (Irlanda): trilhas de aprendizado “Emerging, Advancing, Mastering”, além do programa “Food Passport”.
- Circle K Kill North (Irlanda): onboarding com gamificação, e-learning e sistema de “buddy”.
Outros exemplos:
- Alltown Fresh (EUA): equipe com chefes e conselheiros culinários.
- The Fox’s Pantry (Austrália): foco em aprendizado contínuo e refeições feitas na própria cozinha.
- Welcome Break Newark (Reino Unido): programas de capacitação e 65% de estabilidade na equipe.
Excelência operacional também vem das pessoas — desde os padrões de higiene até a gestão eficiente do estoque. As lojas de destaque entenderam que suas equipes e seus processos são sua maior vantagem competitiva.
3. Foodservice como núcleo: 50% ou mais da receita vem de alimentos
Outro dado marcante: os melhores operadores já obtêm 50% ou mais de sua receita com foodservice. Isso muda tudo — a alimentação deixa de ser uma categoria importante para se tornar a mais relevante.
Essas lojas tratam a comida como um negócio à parte dentro da conveniência, com chefs, equipamentos de ponta e cardápios sofisticados.
Casos notáveis:
- Applegreen Rathcoole (Irlanda): 50% da receita com alimentos, crescimento anual de 12%.
- Emarat Al Wadi (Emirados Árabes): 59,87% do lucro bruto vem do foodservice.
- SPAR Merrion Row (Irlanda): 50% do faturamento geral.
- Q8 Rødovre (Dinamarca): mais de 50% dos lucros vêm de alimentos.
- Lion Place Canning (Argentina): 80% das vendas e 90% do lucro são de alimentos.
- OLA Energy (Quênia): lucro com foodservice varia entre 40% e 62%.
- avec Valora (Suíça): 90% da receita líquida é de alimentos/bebidas, sendo metade da cozinha e padaria.
Essas lojas reorganizaram seus espaços para priorizar a jornada gastronômica, criando áreas de cozinha, preparo, consumo e destaque visual para os alimentos.

4. Engajamento ao longo do dia todo
As melhores lojas não se limitam ao café da manhã ou almoço: elas dominam vários momentos do dia para atrair tráfego contínuo e aumentar as vendas.
Exemplos:
- Q8 Rødovre (Dinamarca): vendas noturnas dispararam com pedidos online e refeições para levar.
- YPF Alcorta (Argentina): opera com café, drive-thru, coworking e delivery.
- Maxol Ballycoolin (Irlanda): soluções para café da manhã, almoço, jantar e até bebidas.
- migrolino (Suíça): aberta das 6h às 23h, com vending machine 24h.
- Applegreen Rathcoole (Irlanda): pico de vendas das 6h às 9h30 e das 16h às 19h.
- Alltown Fresh (EUA): café da manhã o dia todo, refeições das 6h às 18h.
- Centra UCD (Irlanda): aberta das 6h às 2h, com pico às 11h-15h e 17h-21h.
- Engen York (África do Sul): estratégias para café da manhã, almoço e jantar.
A loja de foodvenience de sucesso é aquela que acompanha o cliente o dia inteiro com ofertas personalizadas, qualidade e variedade.
5. A tecnologia está no centro das operações
A competição de 2024 deixou claro: tecnologia não é um extra — é o núcleo estratégico das melhores operações.
Destaques:
- Q8 Rødovre (Dinamarca): telas de autoatendimento, “Spotify da comida” e boxes para retirada de pedidos.
- APCO (Austrália): app, autoatendimento, programas de fidelidade e POS segmentados.
- Dash In (EUA): app para pedidos e pagamentos, painéis digitais, programa de fidelidade.
- ENOC ZOOM (Dubai): loja 100% digital, autoatendimento, telas LED e cashback via app.
- Alltown Fresh (EUA): app com pedidos online e benefícios.
- Lagardère 1Minute (Polônia): programa de fidelidade com app e cashback.
- Maxol Ballycoolin (Irlanda): telas digitais e app com pagamento de combustível.
- M&S Waterloo (Reino Unido): 34 caixas de autoatendimento, tecnologia para retirada de pedidos.
- YPF Alcorta (Argentina): app YPF com pedidos, delivery, coworking e pagamentos.
Essas lojas usam a tecnologia para melhorar a experiência do cliente, agilizar processos, integrar canais e garantir operação eficiente.
Se quiser, posso formatar essa tradução para publicação em blog, newsletter ou rede social.
Claro! Aqui estão dois parágrafos de conclusão com foco em como os gestores de postos com lojas de conveniência no Brasil podem aplicar os aprendizados apresentados:
Para os gestores de postos com lojas de conveniência no Brasil, os aprendizados das melhores operações globais em foodvenience mostram que há um caminho claro para transformar o posto em um destino de consumo completo — não apenas um ponto de abastecimento. Investir em alimentação de qualidade, operações eficientes ao longo de todo o dia e uma equipe bem treinada pode ser a chave para aumentar o ticket médio, fidelizar clientes e diferenciar-se em um mercado cada vez mais competitivo. O exemplo de lojas que atingem 50% ou mais da receita com alimentos mostra que é possível e viável repensar o modelo tradicional e migrar para um formato onde a comida é o centro da experiência.
Além disso, a aplicação estratégica de tecnologia — como autoatendimento, cardápios digitais, apps com programas de fidelidade e pedidos antecipados — permite ao gestor brasileiro acompanhar a jornada do consumidor moderno, que valoriza agilidade, personalização e conveniência. Mesmo com orçamentos menores, é possível começar com soluções simples e escaláveis, desde a digitalização de cardápios até parcerias com marcas de alimentação já reconhecidas. O futuro das lojas de conveniência nos postos está diretamente ligado à capacidade de entregar uma experiência completa, saborosa, eficiente e humana — e os exemplos globais são inspiração concreta para esse movimento no Brasil.
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Fonte: Global Convenience Store Focus