Não deixo de notar a forte mudança, que ocorre em nosso setor de conveniência e proximidade, ao viajar por esse Brasil afora.

Reparo que muitas redes relevantes do canal de lojas de conveniência e lojas singulares vêm sendo modificadas.

Uma mais linda do que a outra, com uma arquitetura ímpar, alta tecnologia de ponta nos backups, fornos combinados e até cultura e arte. Realmente de cair o queixo!

Tudo muito lindo e muito belo. No entanto, não deixo de notar a falta de visão por parte de alguns operadores de lojas de conveniência, ignorando e deixando de lado toda a tecnologia, que envolve o mudo do varejo de proximidade contemporâneo, que é ofertada diariamente, para o nosso negócio. Desde requisitos básicos como o atendimento e a limpeza até a falta de investimento nos processos de operação e na capacitação do profissional qualificado. Chega a assustar.

O que adianta ter uma Ferrari, se não tem piloto?

O problema não para por aí: a falta do uso de tecnologia, como business intelligence, auto service, plataformas de aplicativos de entrega, “drive thru” físico, ou digital; que praticamente são uma obrigatoriedade no mundo de hoje, composição do mix de produtos incoerente com o público da região; conceitos defasados, preços altos, food service de baixíssima qualidade, “receitinha” completa para o negócio não deslanchar.

? E não adianta criarmos desculpas, pois atualmente encontramos soluções acessíveis até para os menores dos varejistas.

Muitas vezes, o negócio é rentável, mas pode ter certeza que vendas são perdidas e o giro se perde nas falhas, que ficam ocultas e entranhadas no dia a dia da operação.

? Em matéria anterior, citei o fantasma que assombra o canal de lojas de conveniência.

Chama-se adega.

Não é à toa que estamos ficando para trás dessa nova modalidade de varejo de proximidade.

Não me lembro de um setor, ou modalidade que nos trouxe uma perda tão significativa de vendas, isto porque quase 60% das vendas de uma loja de conveniência tratam-se de bebidas.

A insistência do ganho imediato e a falta de planejamento do negócio revelam o fato de estarmos perdendo tantas vendas.

Parte do problema culpo o nosso próprio setor, que não está pulverizado, isto é, a concentração do mercado está com apenas três grandes players o que nos faz evoluir lentamente.

A dificuldade por parte das grandes companhias de petróleo em praticar os novos conceitos, que o mercado atual exige, junto a seus revendedores, impede muito a evolução do setor.

❌ Assessores que possuem alto nível acadêmico, mas baixo entendimento do negócio, postos e c-store, não são capazes de implantar o know how necessário

Em um mundo competitivo, onde ocorrem diariamente transformações, não podemos nos permitir ficar parados. O mercado vem sendo invadido por grandes redes de varejo, que focam no varejo de proximidade, ofertando um mix mais completo e mais dinâmico.

O fato de gigantes se destacarem no pós covid-19 está relacionado ao acesso fácil a tecnologia de ponta e seus recursos financeiros ilimitados. Não tenham dúvidas de que nos grandes estudos desses monstros do varejo nós aparecemos como concorrentes.

Outro fato que não podemos deixar de lado, e que é uma realidade, é o posicionamento de grandes indústrias, que perderam vendas durante a pandemia.  Agora, elas se colocam em uma nova modalidade que se chama direct to consumer (em tradução livre, direto ao consumidor).

Lojas de marca própria oferecem seus produtos diretamente ao cliente final, tirando, dessa maneira, nossa competitividade.

O comerciante de porte pequeno de varejo de proximidade tem sido devastado durante a pandemia. Devido à crise, o cliente está com pouco dinheiro no bolso, portanto, escolherá com sabedoria onde irá gastá-lo.

Mais do que nunca, neste momento de crise mundial, temos que nos reinventar. E como sempre digo, a solução do seu negócio está dentro da sua loja de conveniência. Use e abuse da criatividade, aproveite o volume de pessoas que o posto traz para o seu negócio. Temos nas mãos os melhores pontos comerciais do mundo.

Sabemos que não está fácil de manter o giro do negócio no todo por conta do aumento do combustível, mas dedique uma parte a essa belezinha, que se chama loja de conveniência. O nosso estimado portal Brasil Postos oferece diversos cursos relacionados ao setor.

+++ SAIBA MAIS : Loja de Bebidas – O Fantasma que Assombra as Lojas de Conveniência

Prometo rechear esta coluna com uma série de informações e dicas relevantes ao varejo de proximidade.

Nos próximos meses, vamos abordar tudo que gira em torno desse segmento maravilhoso, que cresce continuamente no país e pelo mundo.

Dicas quentes e exclusivas, não somente do canal de c-store, mas de tudo que tira venda do nosso amado canal de lojas conveniência. Abordaremos assuntos relevantes como: operação, food service, retalhismo de varejo, fornecedores, equipamentos e claro com muitas pitadas de Gastronomia.

Forte abraço, Chef Luiz Borba

 

+++ Chegou o Aplicativo de Checklists Inteligentes Brasil Postos

+++ Digitalize e Controle as Rotinas do Posto e da Conveniência – App Checklist Inteligentes Brasil Postos

Artigo anteriorO revendedor pergunta e o especialista em postos de gasolina responde – Comodato e Locação
Próximo artigo⚠ Alerta a revenda – Momento de cautela sobre a MP 1063/21
Luiz Fernando Monteiro Borba, ou melhor, Chef Borba, iniciou sua trajetória profissional no segmento de petróleo, por aproximadamente 20 anos, em companhia de seu pai. Possui formação em gastronomia e diversos cursos na área alimentícia e atua como Consultant Retaing para lojas de conveniência. Partiu para a criação de sua marca Sinerfood com o objetivo de levar profissionalização na criação de lojas, bares, restaurantes e padarias; observando às novas tendências de gastronomia, mercadologia, melhoria de processos e resultados. Sob a marca Sinerfood possui, ainda, a primeira temakeria estabelecida no mundo Yoi - Rolls & Temaki. Dados para Contato: (11) 9 5577-4095 | [email protected]

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here