Se a gasolina e o diesel permanecessem em um patamar muito elevado em relação ao exterior, compensaria para as distribuidoras importarem os combustíveis, o que já vinha ocorrendo em ritmo mais acelerado.
De 2015 para 2016, mesmo com o agravamento da crise econômica, as importações de gasolina cresceram 18,4%, impulsionadas pelo preço competitivo lá fora.
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Para o presidente da Fecombustíveis, as importações têm um lado positivo na organização do mercado.
— É claro que vão continuar tendo importações. Tem companhias que conseguem importar um petroleiro de 60 milhões de litros. Isso é bom, porque cria concorrência com a Petrobras.
Essa quantidade é suficiente para abastecer todo o Estado de Sergipe, durante dois meses por exemplo.
Nos primeiros 15 dias deste ano, a Petrobras foi a empresa que mais importou gasolina: 137,6 milhões de litros, segundo relatório da ANP.
Por essa razão, o câmbio também afeta o produto e é considerado pela Petrobras na hora de reajustar o preço dos combustíveis. Em todo o ano de 2016, as importações responderam por 11% da gasolina consumida no Brasil.
As refinarias nacionais produziram no ano passado 26,5 bilhões de litros de gasolina. Outros 2,92 bilhões de litros vieram de fora.
Em 5 de dezembro, quando a Petrobras elevou o preço do diesel em 9,5% e da gasolina em 8,1%, o dólar estava cotado a R$ 3,42 e o barril do petróleo era vendido a US$ 54,94.
Com o alívio da pressão cambial — o dólar caiu para o patamar de R$ 3,20 —, a empresa anunciou em 26 de janeiro um corte de 5,1% no preço do diesel e de 1,4% na gasolina.
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Como é composto o preço da gasolina vendida pela Petrobras Divulgação/Petrobras

Expectativa

Se agora a Petrobras não irá mais segurar os preços como era feito antes e o Brasil dependerá do preço do petróleo e do dólar, o que esperar dos próximos meses?

O economista André Braz diz que os efeitos dessas altas e baixas devem ser sutis.

— A gasolina pode continuar avançando um pouco se o petróleo continuar subindo. Mas a questão é que esse modelo de controle de preços de combustíveis é muito volátil. Então, dependendo do contexto, também pode recuar. Hoje, há muito mais facilidade nas revisões tanto para baixo quanto para cima.

Já a Fecombustíveis espera um ano relativamente tranquilo, inclusive na cotação do barril do petróleo, segundo Soares.

— Nós aqui na federação não estamos trabalhando com uma alta expressiva do barril de petróleo. Os americanos estão produzindo muito também. Isso está contrabalançando o desejo da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo], que quer limitar a produção para que o preço suba.

Fonte: http://noticias.r7.com

 

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