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Preço do gás natural sobe mais que outros combustíveis e assusta seu maior usuário, o taxista

Durante a greve dos caminhoneiros, filas de carros formaram-se nos postos em busca de combustível. Mas alguns motoristas as esnobavam e encostavam direto nas bombas, para espanto geral. Eram os que abasteciam com GNV (Gás Natural Veicular). Oficinas que adaptam os carros observaram um crescimento da demanda pelo equipamento nas semanas seguintes à greve.

Vantagens – A principal vantagem do gás é o custo menor do km rodado. Além disso, ele é mais “limpo” não só em relação ao meio ambiente mas também por não “sujar” os motores internamente. Outro beneficio do GNV, este exclusivo, é evitar sua adulteração. Ao contrário dos combustíveis líquidos armazenados em tanques e sujeitos a receber uma “aditivação” desonesta no posto, o gás exige estocagem especial e sofisticada devido a sua elevada pressão de trabalho. Por isso sua inviolabilidade.

Desvantagens – Em compensação há várias desvantagens, a começar do custo do equipamento para adaptar o motor. Estimado hoje entre R$ 5.000 e R$ 6.000, o retorno do investimento só é vantajoso para o carro que roda cerca de 4 mil a 5 mil km mensais. Ou seja, praticamente só taxistas, que zeram a conta em quatro a cinco meses. Automóveis que rodam dentro da média nacional (1.000 a 1.200 km mensais) podem demorar quase dois anos para o retorno do capital investido no equipamento. Outro ponto negativo é o custo e o tempo perdido com a obrigatoriedade de se levar o carro para uma vistoria anual do equipamento (cilindro). E o armazenamento do gás exigir um ou dois cilindros pesados e volumosos, roubando espaço do porta-malas e sobrecarregando a suspensão traseira. Além disso, há também uma redução no desempenho do motor, tanto mais acentuada quanto mais antigo o equipamento.

Monopólio – Em termos financeiros, o gás reduz substancialmente a despesa do motorista no fim do mês, pois o custo do km rodado é pouco mais que a metade da gasolina ou álcool. Mas o que está assustando seus usuários foi a relevante subida de preços do GNV nos últimos doze meses, mais que a gasolina e o álcool. Não há concorrência: a Petrobras detém seu monopólio, pois tem contrato de exclusividade na utilização do gasoduto que o traz da Bolívia. Duas empresas o trazem por uma alternativa paralela (Cuiabá), mas em volumes irrisórios. E não há autorização para sua importação por transporte rodoviário.

O complicado histórico da estatal do petróleo, que já deu sucessivas mostras de nem sempre seguir um critério econômico ou comercial para determinar preços de seus produtos, preocupa os usuários do GNV. O custo do gás comparado com o dos combustíveis líquidos pode inviabilizar sua utilização e deixá-los com um “mico” na mão.

Sinal amarelo – Segundo o vice-presidente do sindicato dos taxistas em Minas Gerais, “o acréscimo do preço refletiu não só na utilização do combustível, mas na diminuição da instalação do kit gás. Isso porque a transformação é cara e, sem o baixo valor do GNV pra compensar, os profissionais acabam desistindo de usá-lo. O gás ainda é utilizado, mas o aumento no preço do GNV fez com que os profissionais optassem mais pelo derivado da cana”.

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Modernidade – Apesar de o equipamento de GNV ter se modernizado, ainda não deixa de ser uma adaptação do motor a gasolina, atrasada em relação aos automóveis desenvolvidos especificamente para o gás. A Audi trouxe recentemente para o Brasil um A5 G-Tron, sedã bicombustível projetado para o Erd Gas (assim é chamado lá o GNV).  O motor foi preparado pela fábrica com aumento da taxa de compressão e alterou os sistemas de injeção: direta para gasolina, indireta para o gás. Os cilindros do erd gas são montados sob o porta-malas, sobre o eixo traseiro e se mantem um tanque reduzido para gasolina. Quando a carga de gás chega a um nível mínimo, o sistema automaticamente transfere a alimentação para a gasolina. A autonomia é de quase 1.000 km com os dois combustíveis.

fonte: jornaldocarro.estadao.com.br

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