Após expansão dos postos de combustível dentro de hipermercados das grandes redes, grupos menores começam a investir nesse tipo de negócio. A operação é uma solução interessante para varejistas por aumentar o fluxo de clientes e trazer rentabilidade ao negócio, sem que seja necessário sacrificar áreas muito extensas do terreno.

A Cooperativa de Consumo (Coop), por exemplo, inaugurou em julho um posto de combustível em São Bernardo do Campo (SP), somando três empreendimentos do tipo. Em entrevista ao DCI, o gerente de negócios e postos de combustíveis da Coop, Edson Borreia, diz que a intenção é seguir crescendo em 2014. “Queremos abrir novos postos, ou no interior ou no entorno de nossas unidades em São Paulo. Está previsto dois novos postos para 2014”, afirma Borreia. “Em todos os postos o fornecimento tem crescido mês após mês”, disse ele lembrando que o posto em SBC somou 40 mil abastecimentos em setembro.

O Super Muffato – sexta maior rede do País segundo a Associação Brasileira de Supermercados — também está seguindo esta tendência. Hoje são dois autopostos, um deles inaugurado este ano.

Segundo o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, a força dos postos em supermercados é enorme, mas os 
terrenos que permitem isso são escassos. “Temos 40 mil postos no País. Já os supermercados crescem de acordo com oportunidades de espaço e mercado”, diz. “Em Goiás temos 2200 postos e apenas 10 em hipermercados, por exemplo. Mas o volume de vendas deles é muito superior ao do setor, cinco ou seis vezes maior que média nacional.”

O diretor-geral da consultoria Mixxer, Eugenio Foganholo, lista as vantagens para o varejista ter uma revenda de combustível dentro de sua operação. “O custo é relativamente modesto, e como vendem com preços competitivos, supermercadistas têm lucro”.

Apesar dos benefícios, a implementação de um posto deve ser bem planejada e podem ser cada vez mais raras, alerta Foganholo. “Não acredito em uma grande expansão para o interior, porque a dificuldade para abastecer em cidades pequenas é menor”, disse.

Uma das principais preocupações do setor – cujas vendas de combustível cresceram 6,7% em 2012, sendo que gasolina teve incremento de 12,9% – com as revendas em hipermercados é a concorrência desleal. “Antes, supermercados abriam postos para ter benefícios com impostos, como o Imposto sobre Circulação deMercadorias e Serviços (ICMS), e vendiam gasolina por preço de custo”, diz Miranda.

Uma das principais reivindicações do setor durante anos referiu-se ao fato de que supermercados abatiam parte do ICMS com a taxa paga com revenda de combustíveis, o que permitia preço 
abaixo do oferecido pelas distribuidoras.

Maiores consolidadas

O maior interesse porparte das varejistas regionais e de menor porte ocorre décadas após a instalação de postos dos gigantes do setor, como Carrefour, Grupo Pão de Açúcar (GPA) e Walmart. De acordo com as empresas, a medida reforça a ideia de resolver o maior número de pendências do cliente em uma única visita às lojas. “Hoje temos 84 postos em nove estados, sendo 71 com a bandeira Extra , um com a bandeira Assaí e os demais com bandeiras tradicionais deste segmento”, diz o gerente de operações de postos do GPA, Eduardo Veiga. “Existe o interesse de abrir novos postos, mas de forma seletiva.”

A maior cautela para abrir novos postos é comum entre as grandes do setor. O Walmart possui 11 revendas de combustível. “Somos uma divisão em crescimento. Temos previsão de abrir mais um posto no Paraná em breve”, diz o diretor da divisão especial do Walmart Brasil, Willian La Vega.

Já o Grupo Carrefour atualmente é a varejista com mais postos no País: cerca de 90 unidades. A multinacional francesa atua neste segmento desde 1993, expandindo as operações para a bandeira Atacadão em 2008.

Fonte: DCI

 

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